O CAMINHO QUE ENSINA

EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS


Contrato de Professores - Ano 1923

João Pessoa, 08 de junho de 2015




Não se trata apenas de um contrato com exigências profissionais, mas reitera o conceito de dominação e autoritarismo de um ser em condição superior a outro em condição inferior, e o mais agravante aqui é que não se trata meramente de patrão sobre funcionário, mas do homem sobre a mulher da forma mais degradante possível, vejam que as "pessoas de bem" são oriundas de tempos longínquos.

A privação de liberdade, uma coisa simples como tomar um sorvete era condenado.

A mentalidade que perdura em alguns representantes no congresso e em alguns charlatões da fé é mesma ou pior que aquela dos proprietários de instituições de ensino no ano de 1923.

Outros textos para leituras:






A Educação Proibida

João Pessoa, 24 de maio de 2015





Este documentário produzido no ano de 2012, questiona a escolarização moderna e propõe um novo modelo educativo.

O atual sistema "PRUSSIANO" originado do padrão militar de educação da Prússia, no século 18, tem como objetivo gerar uma massa de pessoas obedientes e competitivas, com disposição para guerrear.

Todas as informações abaixo foram retiradas da fonte: 
http://tvescola.mec.gov.br/tve/video/especiais-diversos-a-educacao-proibida


Especiais diversos - A educação proibida

Duração: 02:25:14

Série: Especiais diversos

Nível de ensino: Geral

Sinopse

Através de 45 experiências educativas fora dos padrões tradicionais, que foram analisadas em 90 entrevistas com pessoas de oito países diferentes, o documentário A Educação Proibida se propõe a questionar as lógicas da escolarização moderna e a forma de entender a educação. Além de apresentar vias alternativas para como crianças e adolescentes estão sendo educados, o filme demonstra as falhas do modelo de educação vigente, que produz cidadãos doutrinados pelo sistema e que proíbe qualquer ato que não esteja conforme a norma estabelecida por ele.

Outras informações

Ano de produção: 2012

Público-alvo: Professor

Faixa etária: A partir de 18

País de origem: Brasil

Versão do áudio: Áudio original

Produtora: Maria Farinha filmes

Teologia e Ciências Sociais

João Pessoa, 13 de novembro de 2009


Cadernos Teologia Pública


A publicação dos Cadernos Teologia Pública quer ser uma contribuição para a relevância pública da teologia. A teologia como função do reino de Deus no mundo se desenvolve na esfera pública como teologia pública. Ela participa da vida pública da sociedade com a qual se compromete crítica e profeticamente, na perspectiva do reino de Deus que vem. Os desafios da vida social, política, econômica e cultural da sociedade, hoje, especialmente, a exclusão socioeconômica de imensas camadas da população, no diálogo com as diferentes concepções de mundo e as religiões, constituem o horizonte da teologia pública. Os Cadernos Teologia Pública, sob a responsabilidade do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, se inscrevem nesta perspectiva. Eles são fruto da realização do Simpósio Internacional O Lugar da Teologia na Universidade do Século XXI, ocorrido, na Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS, de 24 a 27 de maio de 2004, celebrando a memória do nascimento de Karl Rahner, importante teólogo alemão doséculo XX.


Orivaldo Pimentel Lopes Júnior (1957) é natural de Vitória/ES. É membro do Grupo de Estudos da Complexidade (GRECON), pastor da Igreja Batista Viva, Natal-RN e coordenador da Fraternidade Teológica Latino-americana – NE. Desde 1994, é professor e coordenador do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Cursou Teologia na Faculdade Teológica Batista de São Paulo (FTBSP), 1979, e Letras na Universidade Potiguar (UNP), 2002. É mestre em Teologia, pelo Seminário Batista do Sul (STBSB), Rio de Janeiro/RJ, 1984, e doutor em Ciências Sociais, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), 1992. Sua tese de doutorado intitula-se A Conversão ao Protestantismo no Nordeste.



Sociólogo diz que crescimento evangélico ajuda na melhora dos índices de desenvolvimento social no Brasil
João Pessoa, 19 de outubro de 2009

Política e Cidadania

Muito se fala hoje de um Evangelho Integral, que aborde o ser humano não apenas como uma alma a ser conquistada para o Reino de Cristo e, assim, livrá-la do inferno, mas também que seja uma prática cotidiana que se preocupe com o meio ambiente em que este ser vive, com seus relacionamentos, com sua presença neste mundo e com o que este "agente nada secreto" de Deus faz para transformá-lo em um lugar melhor para se viver. Se o Evangelho corresponde às boas novas de Deus, a evangelização é o anúncio de um reino cujas premissas são precisamente essas boas novas. Logo, um evangelho concebido parcialmente gera uma evangelização e, por conseguinte, uma missão também parciais. Fato é que, mesmo que algumas congregações dêem ênfase apenas às outras facetas da Palavra de Deus, o crescimento inédito dos evangélicos no país, nos últimos 20 anos, pode estar contribuindo com mudanças sociais significativas. Divulgada em 9 de outubro pelo IBGE, a mais recente “Análise das condições de vida da população brasileira – 2009” - publicação que reúne indicadores sobre a realidade social brasileira, com informações sobre aspectos demográficos, educação, trabalho e rendimento, domicílios, famílias e grupos populacionais específicos – aponta uma melhora considerável em vários aspectos da vida dos brasileiros. E a participação do segmento evangélico nesse processo não pode ser desprezada. Para o sociólogo Alexandre Brasil Fonseca (pós-doutorado pela Universidade de Barcelona, na Espanha), a participação evangélica mais efetiva neste processo pode ser observada na alteração de certas políticas públicas.


"É um segmento socialmente organizado, que argumenta e luta por suas opiniões. É inegável que isso traz benefícios sociais. Com isso, não é um fato desprezível a histórica participação evangélica em Conselhos de Direitos Civis, nos últimos anos como por exemplo: O Conselho Nacional de Assistência (CNAS), o Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), que tem três organizações evangélicas bem represntadas, e o Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea)" argumenta Alexandre. Para o sociólogo, o aumento do salário mínimo e a bolsa família são o reflexo dessas políticas públicas, centradas no ser humano, fundamentais para o processo de melhoria nas condições de vida dos brasileiros.


O futuro parece ser ainda mais promissor. Uma das mais importantes revistas do país, a Época, da Editora Globo, publicou recentemente uma série de matérias com previsões para o Brasil em 2020. O crescimento evangélico é abordado em uma das matérias. Baseado em dados estatísticos do SEPAL, "estima-se que 50% da população brasileira poderá ser evangélica" daqui a 11 anos. Para a revista, "a influência evangélica em 2020 contribuirá para a diminuição no consumo do álcool, o aumento da escolaridade e a diminuição no número de lares desfeitos, já que a família é prioridade para os evangélicos.” (Por Marcelo Dutra)

Fonte: http://www.agenciasoma.org.br/sys/popMaterias.asp?codMateria=ZOvmBv311dgC&secao=show

Análise Textual do Artigo: Nenhum a menos – A ação social-educacional digital 
19.10.2009 ~ João Vicente Ferreira Neto



Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando. (Tiago 4.17)

Através da solidariedade e do amor as igrejas cristãs no mundo conseguem exercer de maneira relevante o seu papel na sociedade. Assim, a igreja do Senhor na sua caminhada cristã sai do ócio e ópio da religiosidade e passa a viver o evangelho do reino ministrado por Jesus por meio da ação social de cunho particular: a ação social-educacional.

Na história da igreja cristã podemos constatar o seu envolvimento ainda que lento e tardio, mas de alguma maneira com o passar dos tempos a igreja tem contribuído para a mudança e transformação da sociedade, e esta de fato é a nossa missão como ajuntamento de Deus. O próprio Deus através do curso das nossas existências gerou solidariedade e amor nos corações, bem como também uma profunda reflexão de consciência para que pequenos projetos com à era dos cursos de alfabetização fossem proliferados em todo o país. Críticas (Arte ou faculdade de examinar) à parte ao Governo Federal a desigualdade social que ainda é gritante, especialmente nas regiões norte e nordeste do Brasil nos últimos dez anos foi reduzida, não tanto quanto gostaríamos, mas saímos da condição de miseráveis para pobres. O que já algo a ser comemorado, pois isto traz reflexo dentro das próprias regiões, como um progresso na educação e melhorias na qualidade de vida (especialmente no meio educacional) do povo.

A sociedade dos dias hodiernos esta vivendo em um ritmo alucinante. Vivemos na era da tecnologia. Por causa disso há um esfriamento nas relações humanas. As pessoas se comunicam via internet, todavia parte considerável da população brasileira se encontra no percentual dos excluídos. Eis aí o papel fundamental da igreja que é o da ação social-educacional tendo como objetivo suprir as necessidades elementares da vida humana socialmente, ou seja, sua integralização. A falta de infra-estrutura (é o conjunto de elementos estruturais que enquadram e suportam toda uma estrutura, possui concepções diferenciadas em diversas áreas do conhecimento) em telecomunicações e tecnologia (Suporte tecnológico para o tráfego de informações), e os altos custos são fatores preponderantes que agravam/retardam o crescimento.

Para ser relevante na sociedade e cumprir com o papel para o qual ela mesma foi chamada é crucial que a igreja do Senhor se envolva com as questões de providências/oportunidades e das condições para a criação de vagas no mercado do trabalho. Neste ínterim a igreja não deve fazer distinção alguma quanto a raça, cor, condição social, nacionalidade ou credo religioso. Portanto o nosso trabalho como povo de Deus reside e consiste em velar e atender as necessidades básicas fundamentais do ser humano: a saúde, a alimentação, o lazer, a educação, a assistência social, os cursos profissionalizantes entre outros. Ela deve dar suporte e condições para a criação de novos empregos, mas antes de tudo ser veículo de preparação e qualificação profissional. Prestando serviço de assistência social, educacional, moral e espiritual a todas as classes (especialmente as mais desprovidas e carentes de recursos materiais, educacionais e espirituais) e faixas etárias do contingente populacional do país. É literalmente “O Evangelho todo, para o homem todo, para todos os homens”.

Assim como o Pai me enviou ao mundo, também eu vos envio” (João 17.18; 20.21). 



Bibliografia:
Nunes, Élton de Oliveira, UMESP, Revista...
Nenhum a menos - a ação social-educaional digital - Fonte/Limk: http://www.agenciasoma.org.br/sys/jornal.asp?secao=interna&idJornal=31&idJornalSecao=23.

Conheça também a Rede Evangélica Nacional de Ação Social: http://www.renas.org.br/?pg=conteudo&categoria=1&pagina=48



Parte I – desenvolvimento da inteligência através das invenções e descobertas - Capítulo I – Períodos Étnicos
João Pessoa, 19.10.2009 ~ João Vicente Ferreira Neto



Através de um percurso de linha unilinear que se origina na selvageria, passa pela barbárie e chega até a civilização o autor Lewis Henry Morgan tem por objetivo expor o processo de evolução da condição primitiva da humanidade, através de lentas acumulações de conhecimento experimental, e de sua ardorosa labuta com as barricadas fincadas no seu curso em direção a civilização, mostrando-nos que essas três distintas condições estão conectadas umas às outras numa seqüência de progresso que é tanto natural como necessária.
A espinha dorsal dessas condições está evidenciada com base em duas linhas de investigação. Um passa por invenções e descobertas que se estende ao longo de todo o caminho do progresso humano, e a outra por instituições primárias e/ou domésticas que expressam o crescimento de certas idéias e paixões. Inerentes as duas linhas de investigação o autor indica os principais estágios do desenvolvimento humano. Derivadas em grande parte de instituições domésticas, e além das invenções e descobertas, essas idéias são as seguintes: subsistência - aumentada e aperfeiçoada por uma série de artes sucessivas, introduzidas no decorrer de longos intervalos de temo e conectadas mais ou menos diretamente com invenções e descobertas; governo – o seu germe deve ser buscado na organização por gentes no status de selvageria, e seguido, através de formas cada vez mais avançadas, até o estabelecimento da sociedade política; linguagem - a fala humana parece ter se desenvolvido a partir das formas mais rudes e simples de expressão. O monossilábico precedeu o silábico, tal como esse precedeu as palavras concretas; família - seus estágios de crescimento estão incorporados em sistemas de consangüinidade e afinidade e nos costumes relacionados ao casamento; religião - O crescimento de idéias religiosas está cercado de tantas dificuldades intrínsecas que talvez nunca receba uma explicação perfeitamente satisfatória. A religião trata, em tão grande medida, da natureza imaginativa e emocional e, de tão incertos elementos do conhecimento; vida doméstica e arquitetura - está ligada à forma da família e ao plano de vida doméstica, permite uma ilustração razoavelmente completa do progresso desde a selvageria até a civilização. Seu crescimento pode ser traçado da cabana do selvagem, através das habitações comunais dos bárbaros, até a casa da família nuclear das nações civilizadas; propriedade - foi lentamente formada na mente humana, permanecendo em estado nascente e precário por imensos períodos de tempo. Surgindo durante a selvageria, requereu toda a experiência daquele período e da subseqüente barbárie para desenvolver-se e preparar o cérebro humano para a aceitação de sua influência controladora. Isso é bastante compreensivo partindo do princípio que Morgan busca apresentar alguma evidência do progresso humano ao longo dessas diversas linhas e através de sucessivos períodos étnicos, tal como revelado por invenções e descobertas e pelo crescimento das idéias de governo, família e propriedade.
O autor apresenta cada uma das proposições de um silogismo que serve de base à conclusão de que todas as maneiras de governar são reduzidas a dois planos gerais. Baseado em pessoas e em relações puramente pessoais, e pode ser distinguido como uma sociedade (societas), tendo a gens (parte integrante que constituía um povo ou nação) como a unidade dessa organização, sendo este o primeiro plano geral a surgir. Os (civitas), ou seja, baseado no território e na propriedade e pode ser distinguido com um estado é o segundo plano, tendo a vila ou distrito, circunscrita por limites e cercas, com a propriedade que contém, é a base ou unidade do estado, e a sociedade política é seu resultado.
Os elementos básicos, rudimentares de pensamento que no decorrer do tempo vem a evoluir do mais simples ao mais complexo, ou seja, os germes das principais instituições e artes da vida foram desenvolvidos enquanto o homem ainda era um selvagem. Em larga medida, a experiência dos períodos subseqüentes de barbaria e de civilização foi plenamente utilizada no desenvolvimento que se seguiu a essas concepções originais.
Tanto no período de selvageria, como no de barbárie quanto à condição da sociedade Morgan sugere a divisão em três sub períodos: inicial, intermediário ou final, utilizando-se do grau de progresso relativo, em condições que possam ser reconhecidas como distintas quanto à classificação das principais tribos da humanidade. A selvageria inicial começou com a infância da raça humana, e pode dizer que terminou com a aquisição de uma dieta de subsistência à base de peixes e com um conhecimento do uso do fogo; selvageria intermediária começou com a aquisição de uma dieta de subsistência baseada em peixes e com um conhecimento do uso do fogo, e terminou com a invenção do arco e flecha; selvageria final começou com a invenção do arco e flecha e terminou com a invenção da arte da cerâmica; Isso encerra o período de selvageria.
Quando se levam em conta todos os aspectos, a invenção ou prática da arte da cerâmica é, provavelmente, o teste mais efetivo e conclusivo que se pode escolher para fixar uma linha demarcatória, necessariamente arbitrária, entre selvageria e barbárie. A barbárie inicial começou com a manufatura de objetos de cerâmica, seja por invenção original ou por adoção. E terminou com a domesticação de animais no hemisfério oriental e, no ocidental, o cultivo irrigado de milho e plantas, junto com o uso de tijolos de adobe e pedras na construção de casas; A barbárie intermediária começou conforme o término do sub período anterior e seu término pode ser fixado pela invenção do processo de forjar o minério de ferro; A barbárie final começou conforme o término do sub período anterior e terminou com a invenção do alfabeto fonético e o uso da escrita em composição literária. Aqui começa a civilização, e isso o põe no status superior. O status da civilização começa conforme o término do último sub período da barbárie, e se divide em Antigo e Moderno. Como equivalente, pode-se admitir a escrita hieroglífica em pedra.
Segundo Morgan cada um desses períodos tem um cultura distinta e exibe seu modo de vida mais ou menos especial e peculiar. Essa especialização de períodos étnicos possibilita tratar uma sociedade específica de acordo com as suas condições de avanço relativo, e tomá-la como um tema independente para estudo e discussão. Assim dos seis grandes estágios do progresso humano, é bastante razoável supor que a soma de suas experiências unidas representa a experiência da família humana desde o status intermediário de selvageria até o final da civilização antiga.
O autor conclui que esse fato constitui uma parte da evidência acumulada tendente a mostrar que as principais instituições da humanidade foram desenvolvidas a partir de uns poucos germes primários de pensamento; e que o curso e o modo de seu desenvolvimento foram predeterminados, bem como mantidos dentro de estreitos limites de divergência, pela lógica natural da mente humana e pelas necessárias limitações de seus poderes. O argumento, quando desenvolvido, tende a estabelecer a unidade de origem da humanidade.

Bibliografia:
Morgan, Lewis Henry, 1818-1881. Evolucionismo Cultural/textos de Morgan, Tylor e Frazer; textos selecionados, apresentação e revisão, Celso Castro; tradução, Maria Lúcia de Oliveira. – Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2005. (Antropologia Social). Capítulo I – Períodos Étnicos, páginas 49-65.


Missionários traduzem Bíblia para língua indígena em MS

João Pessoa, 27 de maio de 2009



Igreja Presbiteriana registrou por escrito gramática da etnia kaiwá. Segundo o IBGE, evangélicos são cerca de 15% dos brasileiros.

Obras sociais de algumas das dezenas de igrejas evangélicas presentes no Brasil apóiam populações que freqüentemente são esquecidas pelo poder público. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), enquanto a população brasileira cresceu 15,5% entre os dois últimos censos, o número de evangélicos dobrou. Hoje eles são cerca de 15% dos brasileiros. Como a maioria católica inclui 73% da população brasileira, as obras da Igreja Católica são bem conhecidas.
Criada no início do século 20, em Belém, a Assembléia de Deus, uma igreja brasileira, tem hoje 8,4 milhões de fiéis espalhados pelo país. São evangélicos do ramo pentecostal, que acreditam no poder do espírito santo e na música como oração.
“Quando você está fazendo música você sente na pele, fica arrepiado. Quando a gente faz para Deus, quando dá aquele arrepio, é porque Deus recebeu”, diz Gilberto Oliveira, que achava que seria técnico em química e hoje toca no culto e também na Orquestra Municipal do Rio de Janeiro. Ele se descobriu músico nas oficinas da igreja, trabalho mantido com o dízimo.
Para Nelson dos Anjos, pastor da Assembléia de Deus, o que as pessoas costumam ouvir de errado é que a igreja só existe para pegar dinheiro do povo. “Os pastores são tidos como charlatões, pegadores de dinheiro, mas ninguém vê o processo social, os acontecimentos sociais que a igreja promove”, afirma.
A origem das igrejas evangélicas está no distante século 16. Na decisão de homens como o monge Martinho Lutero e o teólogo João Calvino em romper com a Igreja Católica. O primeiro, por não concordar com o pagamento das indulgências, a possibilidade de comprar o perdão divino. O segundo, por querer uma grande reforma na organização e nos ritos católicos, um movimento conhecido como protestantismo, de onde derivam a imensa maioria dos evangélicos de hoje.
“Com Lutero temos uma nova teologia muito calcada na interpretação da Bíblia pelo próprio indivíduo. Você tem que assumir para você que as orientações para a sua vida estão na Bíblia”, diz a socióloga Maria das Dores Machado.
A Bíblia diz que a missão dos cristãos é divulgar a palavra de Deus pelo mundo. Os presbiterianos foram para Dourados, Mato Grosso do Sul, em 1928, para levar o evangelho, com a autorização da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), à maior aldeia do Brasil. A Igreja Presbiteriana tem origem no século 16 e está no Brasil desde 1859. Hoje são 980 mil fiéis.
A Igreja Presbiteriana é conhecida por valorizar os valores éticos e morais. Na Missão Kaiwá, foi construído um hospital só para índios e também uma escola com ênfase evangélica. Em meio à disputa por terras na região, que já dura décadas, o preconceito afastou brancos e índios e dividiu a tribo. Hoje, são dois caciques e nenhum pajé, o líder espiritual. O último morreu há cinco anos. Agora, as doenças são tratadas só no Hospital da Missão.
Na escola indígena, os mais velhos tentam não deixar a cultura morrer e na Escola da Missão, as aulas dos brancos funcionam como reforço, como ferramenta para entender e transitar no mundo dos brancos.
“Ensinar uma criança que está ao seu lado, ou curar a ferida de alguém que está sofrendo no hospital são gestos que não são feitos simplesmente por um profissional, mas por alguém que tem um ideal de servir e alguém que gostaria de, através daquele gesto, expressar o grande amor de Deus” afirma o reverendo da Igreja Presbiteriana, Benjamim Bernardes.
O reverendo Benjamim sabe que, para tudo isso dar certo, uma barreira teve que cair. Afinal, são evangélicos americanos de língua inglesa, no Brasil, trabalhando com índios que falam o kaiwá. Um dos maiores desafios dos missionários, portanto, foi tentar entender a língua dos índios para poder falar de igual para igual com eles, mas os religiosos foram além: conseguiram registrar pela primeira vez, por escrito, a gramática da língua, e ainda fizeram uma Bíblia feita para os índios e escrita na língua deles.
“Eu gostei da parte onde diz que Deus não quer que nenhum dos pequeninos se percam. Assim como Ele amou a ovelha perdida, Ele ama a todos igualmente. A missão trouxe uma nova realidade para nós”, diz o índio Natanael Cárceres.

Arqueólogos encontram mina que pode ter sido do Rei Salomão

João Pessoa, 28 de outubro de 2008



Não havia evidência de que o personagem bíblico tenha existido.

A descoberta de uma mina de cobre na Jordânia pode ser uma indicação da existência do personagem bíblico Rei Salomão, segundo arqueólogos.

Através de testes de radiocarbono, os cientistas constataram a existência de minas de cobre em uma região e época que coincidem com descrições feitas no Velho Testamento.

Até essa descoberta, acreditava-se que a extração e o aproveitamento do cobre só começaram a existir na Jordânia depois do século 7 a.C., ou seja, 300 anos depois da suposta existência do rei.

"A pesquisa apresenta dados científicos que confirmam o que está escrito na Bíblia", afirmou à BBC Brasil um dos líderes do grupo de arqueólogos, Mohammad Najjar, da instituição jordaniana Friends of Archaeology & Heritage, que conduziu o projeto em parceria com a universidade americana de San Diego.

"Foi uma surpresa, não esperávamos encontrar tantos artefatos de metal produzidos antes do século 7 a.C.", disse Najjar.

"Não é possível dizer com certeza se as minas encontradas são mesmo a do rei Salomão, mas neste momento, a possibilidade dele ter existido aumentaram bastante."

"O que se sabe indiscutivelmente é que o povo edomita - descendentes de Esaú, segundo a tradição hebraica - praticava a metalurgia na época indicada pela Bíblia, muito antes do que se pensava", disse.

A escavação vem sendo conduzida em Khirbat en Nahas, um antigo centro de produção de cobre ao sul do Mar Morto, desde 1997.

Lendas

Segundo o Velho Testamento da Bíblia cristã (que utiliza escrituras judaicas, o Tanakh), o rei Salomão teria unido os reinos hebreus de Israel e Judá por 30 anos, cerca de 1000 a.C..

Segundo a Bíblia, Salomão teria sido o terceiro rei dos hebreus, depois de Saul e Davi e seu reinado, um período de fartura.

No entanto, não existiam evidências de sua existência ou de um reino que dominasse conhecimentos de metalurgia à época naquela região.

As lendas em torno do personagem cresceram no século 19, quando o inglês Henry Ridder Haggard publicou seu romance de ficção As Minas do Rei Salomão, que popularizou o mito em torno dos segredos de supostas minas com tesouros em ouro, diamante e marfim.

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Autor: Rodrigo Durão Coelho - 28/10/2008 06:16

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