CORAÇÃO QUE PULSA E SANGRA

UM POUCO DE MIM

Teatro dá saudade...
João Pessoa, 09.10.2015 ~ João Vicente Ferreira Neto


Uma potiguar, uma paulista, um campinense, um pessoense...

Atos, peças...

Anônimo, de um teatro ao Biu...

Testes, danças, 8 passos, a atriz que não sabia interpretar...

Madrugada a revirarse,

Ribalta ao alvorecer...

Chamam prima, mas é irmã, e naqueles dias, ou noites, não importa o turno, ela era companhia...

Café, leite, bolo de ameixa, pet, Beatles, BB King, estrada...

Sr. Antônio de Guarabira, funcionário de São Jorge, digo: da São Jorge!

Já labutou em quase todas, e agora com um braço estendido se "arriscava", por 2 minutos ele chegou, mas se a seu filho ele "salvou", ao menos, o que se sabe, é que ele tentou!

Gestão pública, espaço público, trabalho, taxas, cartórios, prédio, escritura e um sorriso.

Uma mineira e três paraibanos, aliás, quatro!

Cuzcuz, ovo mexido, café, leite,

Foca!!!

Um cearense que gosta de meninos e meninas, uma recifense, gente diferente, atrasos persistentes e desestimulantes.

Pina Bausch, em múltiplas versões, o palco? Um espaço, o qual denominam cultural.

A caçula, o cunhado e seus "amigos".

Um mineiro, uma peruana, e eu em busca de Juliana.

A saída, o retorno...

Uma fila, e muitas companhias...

A esquerda a caçula Juliana, do outro lado uma colombiana, em seus braços a pequena e linda Luana Andressa, e ao lado da que estava a direita, a hermana mui amiga argentina, Meire.

No palco cujo teatro é uma Ponte - de Alicante - La Trócola espanhola...

Não há como se esconder,

Não há como fugir,

Tentar esquecer é querer sempre lembrar-se,

E até mesmo quando não se procura, envolto em braços maternais lá estas sobre a delicadeza...

O teatro que arranca a pele da existência e ressignifica ao dar a pele da vida...

"No começo me apaixonei por teu rosto, mas depois eu caí de amor pela tua alma",

No chão da existência, no caminho da vida, o sofrimento, a angústia e a tristeza são as pedras de Drummont que me levam da dor de existir à alegria de viver...

A vida é "obra de tapeçaria" que assim como as densas nuvens, o arco íris, o radiante sol, a brilhosa lua, relâmpagos e trovões, contrastam cores nubladas e tristes com às alegres e vivas...

A existência e a vida, irmãs gêmeas siamesas, são constituídas de alguns encontros, muitos desencontros e raros reencontros...

Sonha melhor e mais feliz, quem vive seus sonhos, sonhos são melhores sonhados, quando vividos...

Quero amar como Perla, e não como o padre,

Quero ter identidade, ser sujeito, e ser responsável...

"Ser feliz é tão simples, mas ninguém pode nos ensinar, a gente tem que aprender sozinho"...

Que eu não tire da solidão quem quer que seja, se a minha companhia, não a/o for uma boa companhia...

Cyrano de Bergerac, Paraíba, Cultura e Movimentos Sociais...

"No começo me apaixonei por teu rosto, mas depois eu caí de amor" pelo teu ser...

Tristeza é sentir saudades e não poder dizer...

Para o pássaro cantador amar com canções cujas as notas e melodias são os silêncios, é por demais, desafiador...

Kronos só consome, kairós causa ternura e é alentador...

A priori os teus olhos me arrebataram em partes, depois o teu ser me tomou por completo,

"O amor mora na saudade",

Suspeito então, que o teu nome é Saudade...

Teatro dá Saudade...

Eu vejo amor, e você, o que vê?
João Pessoa, 27.06.2015 ~ João Vicente Ferreira Neto






Eu vejo graça, mas há quem veja lei...

Eu vejo flores, mas há quem veja espinhos...

Eu vejo luz, mas há quem veja escuridão...

Eu vejo esperança, mas há quem veja desespero...

Eu vejo misericórdia, mas há quem veja condenação...

Eu vejo compaixão, mas há quem veja perseguição...

Eu vejo inclusão, mas há quem veja exclusão...

Eu vejo perdão, mas há quem veja culpa...

Eu vejo afeto, mas há quem veja agressão...

Eu vejo ternura, mas há quem veja amargura...

Eu vejo paz, mas há quem veja guerra...

Eu vejo amor, mas há quem veja indiferença...

Sobre o arco-íris...?!

Eu vejo uma carta de amor escrita por Deus em forma de poesia cuja a tinta que Ele utilizou foi o sangue carmesim do Seu filho amado...

Duvida?!

Que bom...

O oposto da fé é o medo.

As dúvidas são dádivas...

Eu vejo alguns versos de amor que Ele escreveu a humanidade na imagem.

E você, o que vê?!

Eu vejo amor...

All you need is LOVE!!!

Das coisas lindas da vida e na vida...  Uma delas é dançar!
João Pessoa, 26.06.2015 ~ João Vicente Ferreira Neto
Das coisas lindas da vida e na vida...

Uma delas é dançar!

Eu não sei nem o básico, dois pra lá e dois pra cá...

Mas além de bela, a dança parece renovar quem dança!

Aliás, parece não. Renova mesmo. O riso na face era a evidência de satisfação ainda que momentânea.

A auto estima se estava baixa, se elevou.

Se a tristeza tomava conta do peito, em risos nas faces, em emoções alegres e festivas foram preenchidos os corações, e os corpos doentes foram sarados.

Santo remédio é dançar...

Nunca tinha ido ao Parque do Povo no período do São João, festa típica da nossa região.

E se tem algo que achei extremamente belo foi assistir os cavalheiros conduzindo as damas nas ilhas dançantes...

Já eu dançando é uma negação total, nem bebendo tem jeito!!!

Assim expresso meu profundo respeito e admiração pelas pessoas que dominam o mínimo necessário da arte de dançar...

Quem sabe um dia eu não aprendo ao menos os dois pra lá e dois pra cá?!

Mas sem pressão por favor. Eu fico nervoso...


Uma dúvida. Aliás, várias!
João Pessoa, 03.06.2015 ~ João Vicente Ferreira Neto





Uma dúvida. Aliás, várias!

Meu pai e me minha mãe me tiveram, mas desde os 5 meses que fui criado por minha tia paterna que era mãe solteira de 4 filhas.

Do meu nascimento até os 8 anos "morei em tanta casa que nem me lembro mais", fui abusado sexualmente por um cunhado à época do meu pai, mas que não é irmão da minha mãe, e sim da mulher de papai à época, presenciei muita coisa forte - que não desejo a quem quer que seja - na infância, até a pior delas que foi ver meu pai assassinado friamente diante dos meus olhos quando eu tinha apenas 8 anos, há três semanas de completar 9.

Tenho duas irmãs por parte de mãe, todas de pais diferentes e um irmão por parte de pai, mas que não é filho da minha mãe.

Você dificilmente vai me ver abrindo a boca para dizer que me faltou alguma coisa na vida, especialmente amor, pois recebi de modo incondicional das minhas primas que são como irmãs, da minha tia, e de tantos outros.

Nunca me faltou o que comer, o que beber, onde dormir.

Nunca fui rico, mas nunca passei necessidade, nunca tive fartura, mas nunca passei por miséria.

Sei que minha tia exerceu o papel de mãe e de pai, e olhe que ela já tinha quatro moças, e com salário de professora do município e do estado confesso que se Dilma chamasse ela para administrar o país, o Brasil teria jeito.

Tenho tradição católica romana e depois presbiteriana protestante de modo assíduo até os 26 anos, até o final de 2008.

Tive a oportunidade de reencontrar minha mãe, minhas irmãs e após 20 anos reencontrar meu irmão em outro continente.

E a parte do "já morei em tanta casa que nem me lembro mais" continuou, morei com avó, com outra tia, com minha mãe, em outra cidade, em outro estado, no meio do mato, com gente estranha (como eu), e entre idas e vindas hoje moro novamente com minha tia, aquela mesma que foi e é pai e mãe.

Nossa eu poderia escrever um livro...

Mas antes de você ler as quatro últimas linhas com a pergunta abaixo e acessar o site para votar, me responda uma pergunta que tem me deixado confuso: afinal eu tive, tenho, estive dentro de uma família?

Eu "tive" no sentido de gerar pai e mãe, mas ao mesmo tempo não.

Não cresci com eles.

Não sou infeliz ou fico lamentando por isso, é também não culpo eles.

Eles eram jovens, e a própria vida ensinou muito a cada um deles, assim como me ensina também.

Meu pai me amou e eu o amei até a última gota de sangue derramada e até o último suspiro que ele deu naquela noite de sexta-feira do dia 09 de outubro de 1992 no bar Paraíso (ele já teve um bar com este nome), no bairro Recanto do Sol.

Minha mãe eu a reencontrei e não tenho dúvidas do amor dela por mim.

É muito evidente o quanto ela me ama.

De quebra ela se casou com um homem cheio de amor que é meu Amigão.

Meu padrasto é um pai substituto.

Ele nunca teve filhos, mas assumiu a minha irmã caçula, a mim e a mais velha como se fossemos filhos dele.

Mamãe não fique com raiva, mas ela sabe que eu me dou até melhor com ele do que com ela.

Falei, falei e continuaria falando para questionar a questão abaixo:

Qual é o sentido disto?

Eu não sou gay.

Eu sou hetero.

Eu creio no evangelho e no amor de Cristo, mas não sou evangélico, nem cristão (institucionalmente falando).

Mas se a questão abaixo for apenas um preocupação por causa da diversidade sexual, da igualdade de gêneros e das variantes de composição familiar...

Afirmo que minha tia que me criou é muito mais homem que muitos homens que eu conheço, e é por isso que quando um homem engrossa a voz para mim a vontade que eu tenho é de meter um soco na cara dele, mas quando uma mulher o faz a vontade que tenho é de ajoelhar e ficar de cabeça baixa.

Mas afirmo que após conhecer homens como meu padrasto aprendi a admirar e entender que nós do sexo masculino podemos ser gentis e amáveis uns com outros também, inclusive com os homens que gostam de homens e com as mulheres que gostam de mulheres.

Se todas estas questões apontadas não estiverem incluídas na questão abaixo, a questão não passará de mera declaração de desrespeito à vida e dignidade humana, pois eu sou apenas um caso de muitos que cresceram em um lar cujo a família não era constituída a partir da União entre um homem e uma mulher, por isso votei NÃO!


E você, tem escolhido o que e a quem?!
João Pessoa, 01.06.2015 ~ João Vicente Ferreira Neto



Quem dera o interesse e preocupação destas pessoas fossem com as decisões tomadas na câmara e no senado.

Não há qualquer dúvida a respeito de quem viola a carta de amor destinada a humanidade e quem desqualifica a pessoa de Cristo. 

Tempos modernos ou tempos sombrios e obscuros são estes?!

As pessoas que dizem propagar a doçura do evangelho e a ternura do ser de Cristo são na verdade os que mais afastam outras pessoas de conhecerem uma mensagem tão bela, cheia de vida e esperança, e de conhecerem aquele que veio para aliviar a bagagem, para retirar o peso e a culpa, trazer paz e alegria e preencher de amor e compaixão os corações e as consciências.

Cristo não perseguiu...

Cristo não acusou...

Cristo não discriminou...

Cristo não excluiu...

Cristo pagou o mal com bem...

Cristo recebeu indiferença e retribuiu com inclusão...

Cristo recebeu injustiça e ódio e reagiu com graça, misericórdia e amor...

Cristo incluiu, aceitou e amou...

Enquanto uns só faltam matar e o fazem para defender o que acreditam de modo insano e irracional fazendo prevalecer a pedra matando a flor...

Cristo como água contornou os obstáculos e deu a sua vida por amor de modo voluntário, sofrendo injustiças e dor em seu próprio corpo, ele viveu por amor e foi a cruz por amor...

Não há amor sem verdade, mas verdade sem amor é a pior de todas as mentiras.

Cristo não era e não é justiceiro, ele escolheu os publicanos, cobradores de impostos, possessos, beberrões, prostitutas, leigos e ignorantes academicamente, aleijados, surdos, mudos, mendigos, pedintes, famintos e demais excluídos da, na e pela sociedade para ter ao seu lado e para socorrer cada um deles nas suas privações, necessidades, conflitos, anseios, medos, fraquezas, dores, dúvidas e aflições...

E você, tem escolhido o que e a quem?!

A teoria do amor e ódio sob uma ótica do clássico Flamengo e Vasco
João Pessoa, 27.05.2015 ~ João Vicente Ferreira Neto

https://gruponossacasa.files.wordpress.com/2011/07/teamoyteodio.jpg?w=500&h=375

A dúvida é uma bênção. 

O oposto da fé é o medo. 

Um ser humano que não tem dúvidas e conflitos deve viver em um mundo que ele criou para si. 

Eu tenho dúvidas, conflitos e fraquezas, mas há muito tempo deixei de advogar por aquEle que nunca precisou de advogados. 

A religião cega as pessoas. 


A teoria do amor e ódio sob uma ótica do clássico Flamengo e Vasco...

João é um flamenguista desde a sua mais tenra infância e todos são testemunhas disto. 

Chico seu melhor amigo é vascaíno. 

João e Chico são amigos de leite materno, pois são irmãos, filhos dos mesmos pais, pais que não são muito fãs de futebol, a mãe, dona Maria é professora, e Antônio, o pai é médico bombeiro. 

Após 37 rodadas chegou finalmente a última rodada do campeonato, mas há um fato curioso, se o Flamengo vencer o seu jogo será campeão após 20 anos e João poderá ver pela primeira vez seu time de coração campeão. 

João tem apenas 20 anos, nasceu no dia do último título do Flamengo. 

Mas há outro fato emblemático, se for o Flamengo vencer o jogo e for campeão, livrará o maior rival do rebaixamento, o Vasco time de coração do Chico, o único irmão (que é o mais novo) de João. 

Caso o Flamengo perca o jogo será vice, deixará de ser campeão após 20 anos, e João não terá a chance de pela primeira vez comemorar um título de seu clube de coração, aquilo que ele esperou pela vida inteira. - Já pensou você passar duas décadas sem comemorar o título de seu clube de coração? E pior, imagina você jamais ter comemorado um título do seu clube de coração? - Todavia a "boa" notícia é que o Vasco, o maior rival do Flamengo será rebaixado caso isto aconteça, caso o Flamengo seja vice. 

E aí, qual a decisão de João? 

Ele está decidido ou tem conflitos? 

Não. João não tem dúvidas, João não tem conflitos. 

Ele está decidido, mas não pelo óbvio. 

Para espanto de todos João decidiu abrir mão do sonho, abrir mão daquilo que esperou por 20 anos, pela vida inteira que era ver ser clube de coração campeão pela primeira, campeão uma única vez após 20 anos, para em troca, ter a "alegria" de ver o maior rival rebaixado. 

Sim, para espanto dos pais, de seu irmão, dos amigos João optou pelo ódio, pela indiferença, pelo mundo paralelo. 

João revelou a todos com esta atitude que seu amor pelo Flamengo não chega aos pés do ódio que ele sente pelo Vasco, e que "prazer e alegria" sente mesmo é em ver seu irmão triste e sofrendo por causa da derrota do Vasco. 

João é daqueles que preferem todos tristes, mesmo quando havia uma situação possível a proporcionar a alegria de todos.

Eu tenho esta estranha mania de continuar acreditando no Brasil....
João Pessoa, 27.05.2015 ~ João Vicente Ferreira Neto



Quem desiste de que?

Ou o que desiste de quem?

Um ser pode desistir de algo?

Ou algo pode desistir de alguém?

Para ser mais claro...

Eu enquanto indivíduo e cidadão posso desistir do Brasil enquanto país e sociedade?

Ou o Brasil enquanto país e sociedade pode desistir de mim enquanto indivíduo e cidadão?

Continuo lutando por um país mais justo e menos desigual?

Ou passo a lutar apenas por mim, pela minha trajetória acadêmica e profissional?

Austrália, Canadá, EUA, e alguns outros países nunca foram tão atrativos a nós brasileiros como nestes últimos anos, e as oportunidades lá são inúmeras. 

O que este países podem nos proporcionar está para além de que se é proporcionado aqui no Brasil mesmo para pessoas com uma boa qualidade de vida.

Segurança, saúde e educação eficazes, eficientes para os deles e para os estrangeiros. 

Os chamados subempregos lá dão uma condição e qualidade de vida aos que vão quase similar ao que algumas pessoas de classe média desfrutam aqui no Brasil, com o "agravante" de terem o tripé básico de funcionalidade governamental a todo vapor.

Lá há segurança apesar dos baixos índices de criminalidade e violência; Lá há saúde acessível a todos sem distinção de classe social, cor e sexo;
Lá há educação de alto padrão e emprego que valoriza o funcionário.

Mas será que lá há aquilo que é essencial?

A razão pela qual existo? 

Qual é o propósito da minha existência?

Por qual razão eu ainda insisto em acreditar no Brasil?

Por qual motivo eu ainda insisto em permanecer em meu país?

Apesar de toda disparidade que há nas áreas essências do viver humano e social, o que me faz permanecer é a utopia e fé (paradoxo abissal - me permitam a redundância) de que é sim possível fazer deste país uma nação mais verde, amarela, branca e azul.

O Brasil pode ser sim um país mais cheio de vida, onde exista distribuição equitativa de renda,  onde o tripé básico eficaz (mencionado acima) funcionem integralmente para todos sem distinção, onde a sustentabilidade seja uma pauta e prática constante na sociedade sobre diversas esferas e atividades, onde os políticos sejam referências éticas e morais...

Idealista, eu?

Em partes, o que sou mesmo é sonhador, e tento apenas transformar meus sonhos em realidades, pois a melhor maneira de sonhar é acordado.

Costumo dizer que sonhos são melhores sonhados quando vividos. E eu mesmo já tive a oportunidade de viver alguns dos meus sonhos, embora também já tenha vivido alguns pesadelos também. 

Há uma canção linda cujo o trecho diz "porque se chamavam homens, também se chamavam sonhos e sonhos não envelhecem".

O fato é que nós iremos envelhecer, mas os nossos sonhos devem permanecerem vivos. Mesmo que não venhamos desfrutá-los, mas outras gerações poderão e se elas chegarem a desfrutar então nossos sonhos são vividos e continuarão vivos e vivendo.

Eu tenho esta estranha mania de continuar acreditando no Brasil....

AS MULHERES DA E NA MINHA VIDA...
João Pessoa, 11.04.2015 ~ João Vicente Ferreira Neto


"As tias, as mães e as irmãs 
têm uma jurisprudência particular com 
os seus sobrinhos, os seus filhos e os seus irmãos
Honoré de Balzac



Definitivamente todas as mulheres que nasceram em abril são melhores que todas as outras...

E também são mais lindas, mais fofas, mais inteligentes, mais sensíveis, mais inspiradoras, mais amáveis...

Afinal minha mãe nasceu em abril, PARABÉNS Magaly Monteiro.

Antes que dê uma confusão, deixa eu fazer os devidos apontamentos...

As de fevereiro também, minha tia mãe Marilene Vicente não podia esquecer jamais, e Cinthya Almeida minha irmã alfa 001!

As de maio Luciana Ferreira de Lima amor santo e Andréa Lins e um amor louco...

As de junho Rebeca Matos amor para vida inteira...

As de Julho Cláudia Bolders amor intelectual e Renata Ferreira Lins amor de infância...

As de agosto Fernanda Limada Lima paixão unha e carne...

As de outubro Priscilla Ferreira amor eterno...

As de novembro Tia Mariluce amor de madrinha, Juliana Monteiro a piralha querida e amada, Maria Duda Linda amor de sobrinha...

As de dezembro... Manu não tem face, que absurdo! Ela é de um nível muito elevado eu tenho que admitir.

Calma, nada de ansiedade, sempre há um janeiro, um março e um setembro a se descobrir e a comemorar...



Papa Francisco...

João Pessoa, 08.04.2015 ~ 
João Vicente Ferreira Neto



PAPA FRANCISCO

Quem tem voz própria fala por si, e ele parece ser um destes raros que nascem um ou dois por década.

Francisco não pretende fazer uma reforminha para não incorrer em múltiplas subdivisões que acabam alienando o povo, tornando-os reféns da malandragem alheia.

Meu amigo Chico está fazendo uma grande revolução na igreja Católica que faz inveja a Karl Marx, Che Guevara, Fidel, Luís Inácio, entre outros.

Não são apenas as palavras dele que me comove, mas sobretudo seu comportamento, seu modo de vida, sua simplicidade.

Francisco assim como o Cristo inclui.

Sabe da fraqueza humana, sabe que temos pecado e pecados, mas assim como o Cristo aceita o próximo, faz com que o excluído se sinta aceito, incluindo e amado!

Mas se você for católico apostólico romano e estiver lendo este texto pensando que estou elogiando o líder da sua religião, saiba que é um ledo engano.

Não admiro o papa, admiro o discípulo que ele é!

Estou apenas dizendo que há discípulos de Jesus no século XXI.

Discípulos genuínos do Cristo ressurreto revelado nos evangelhos, e não o jesuis do mercado da "fé".

Discípulos que são cópias quase que idênticas de seu senhor e mestre, de seu amigo e irmão.

Só Cristo mesmo para me fazer escrever, mas sobretudo sentir o que sinto por um argentino, e olhe que estamos longe de sermos como samaritanos e judeus.

Chico não sou seu fã.

Mas sou um profundo admirador do homem simples que você é, de suas palavras e de suas ações!

Você anda com o Cristo andou...

Você ama como Ele amou!


Em um mundo tão diversificado...

João Pessoa, 08.02.2015 ~ João Vicente Ferreira Neto



Você é daqueles que acredita que tudo que acontece no mundo é:

"A CULPA É DO PT"? Ou "O POVO NÃO É BOBO, ABAIXO A REDE GLOBO"?

Da DIREITA ou da ESQUERDA?

Do CAPITALISMO ou do COMUNISMO?

De CUBA ou dos EUA?

Dos CRISTÃOS ou dos ISLÂMICOS?

Dos HOMOSSEXUAIS ou dos RELIGIOSOS?

Dos NEGROS ou dos BRANCOS?

Dos CORINTHIANOS ou dos FLAMENGUISTAS?

Dos POBRES ou dos RICOS?

Da IMPRENSA GOLPISTA E DA MÍDIA VENDIDA ou do PARTIDO DOS TRABALHADORES?

Em um mundo tão diversificado chega a ser triste a real constatação que ao menos cerca de 30% da população brasileira acredita veementemente em apenas uma destas coisas, posições ou idéias!

Baga e Paris...

João Pessoa, 14.01.2015 ~ João Vicente Ferreira Neto


Baga e Paris...

Nem os cartunistas assassinados na França são mais ou menos importantes que as vítimas que sofreram uma verdadeira barbárie e chacina na Nigéria, e vice versa.

Mas fica evidente a desigualdade sobre todos os aspectos, o quão latente e feroz ela é.

O ocorrido na Nigéria já não se noticia mais, se é que já o foi um dia com grande proporção e impacto, afinal a situação não é "nova", se tornou recorrente, comum, INDIFERENTE E BANAL para a mídia especializada e para os "líderes" mundiais que deram as mãos pelo ocorrido na França, inclusive pelo maior "líder" do país africano.


Abril é conhecido como o mês mais triste e macabro na história da humanidade seja pelo início, pela duração ou pelo término das maiores tragédias e carnificinas, mas pelo visto, nem mesmo o doce novembro resistirá, parece que o calendário inteiro se tornará uma grande mancha de sangue...

Paz... Paz... Paz...

Terror, vingança, morte e paz
João Pessoa, 14.01.2015 ~ João Vicente Ferreira Neto



Terror, vingança, morte e paz

Óbvio que o que os irmãos Chérif e Said Kouachi fizeram é algo chocante, se é que foram eles mesmos. É que sou tão incrédulo que as vezes nem a pessoa confessando eu acredito, quanto mais a mídia em geral, e óbvio, os grupos políticos que atuam nos bastidores.

Sinceramente se foram eles ou não, uma coisa é certa, pagar a morte com mais mortes é uma tolice sem precedentes. E sem esta que não é possível um diálogo com este pessoal. A morte é o meio mais brutal e imbecilizado de se "resolver" alguma coisa, e pelo meu entendimento, nada resolve, ou retarda o problema, ou o agrava. Os caras contribuiriam muito mais se estivessem vivos, até para que se chegasse aos "verdadeiros" responsáveis não apenas por este atentado, mas por outros.


Lembro-me que na noite da morte de papai, minha tia (irmã dele), ficou sabendo da morte dele por dois pistoleiros que apareceram na frente da sua casa e a questionaram sobre quanto ela estaria disposta a pagar para vingar a morte dele. Sabiamente ela disse que não queria se vingar. Todo tipo de vingança que vise por fim à vida é tola!

Sou daqueles que acredita que não fomos criados para a morte, eis nossa enorme dificuldade com a mesma. Mas o certo é que morreremos, ao menos, meu desejo é que cada um tenha uma morte natural, e não que seja vítima da vingança ou do ódio alheio.

Paz é algo inegociável.

E pensar que o grande poeta da música brasileira "canta": "eu troco a minha paz por um beijo seu", em outras palavras entendo que ele diz: "eu troco minha paz pela morte".

Morte, Assassinato...
João Pessoa, 11.01.2015 ~ João Vicente Ferreira Neto



Morte, Assassinato...

Sempre que vejo algo envolvendo isto é inevitável não me reportar as 22h30 do dia 09 de outubro de 1992, no bar Paraíso no bairro Recanto do Sol, Anápolis, Goiás.

No dia da morte e assassinato do meu pai, ainda criança, sem entender muito o que estava acontecendo eu pude aprender que o mundo não se limita à direita onde estava o assassino do meu pai, nem a esquerda onde estava meu pai, pois na última bala aquele que estava a esquerda foi ao chão, e o que estava a direita correu para trás, naquele dia eu escolhi ir adiante, seguir em frente, olhei para cima pedindo uma direção, e a direção que veio do centro, lá do alto foi: segue adiante, vai à frente e lute enquanto puder com todas as suas forças para salvar aquele que você ama...

Que ironia, lembro-me que ao subir na garupa da moto de um conhecido que me ajudou a ir buscar socorro para tentar salvar papai, eu pude olhar para trás e ver um homem fugindo com muito mais pavor, angústia, tristeza e medo, o Luís Carlos (um nome bonito - o nome do assassino do meu pai), parecia fugir não da polícia ou de qualquer vingança da minha família, mas parece que ele fugiu do que não se pode fugir, de si mesmo.

Não tenho pena, não tenho ódio dele, tenho tristeza, pois imagino o quanto a sua alma, o seu ser e seu coração estavam cheios de amargura, profunda tristeza e dor, pois aquela "vida" que ele levava não era "vida", mas sim morte, e naquela noite era apenas mais uma das tantas que ele ceifou.

Eu olhei adiante, tentei, mas 8 ou 10 horas depois, não me recordo bem, a vida sucumbiu à morte, para qualquer pessoa pode ser mera tolice, mas eu me sinto um pequeno herói por olhar adiante e ajudar meu querido e amado pai a lutar, resistir e viver, ainda que por apenas mais algumas horas. Mas era chegada a sua hora, e aquelas horas serviram para que eu nunca me esqueça da esperança, mesmo que ela tenha um fim.

"Deus nos dá pessoas e coisas, para aprendermos a alegria... Depois, retoma coisas e pessoas para ver se já somos capazes da alegria sozinhos... Essa... a alegria que ele quer" ~ Guimarães Rosa

O mundo não é só esquerda ou direita, há centro, há chão, há céu, há passado e há o horizonte, o adiante, o presente e o amanhã...

Entre Amigos é Assim... II
João Pessoa, 03.08.2011 ~ João Vicente Ferreira Neto



L. todas as vezes que recebo a resposta de um e-mail seu fico feliz.

Cara sua sinceridade tem me ajudado a crescer.

Mergulhado no oceano da Palavra nesta última noite, especialmente nos evangelhos aos Filipenses me deparei com uma Palavra de cura e libertação: "Pois estou certo de que o que se passou comigo resultará em libertação para mim" (Filipenses 1.19a).

Cara na minha pequenez sou grato por sua vida e amizade, sou grato pela vida do Caio, apesar dele, e também de alguns.

Compreendo que cada um de nós passamos cedo ou tarde pela experiência de dor. E sem dúvida alguma, ou talvez cheios delas tiramos lições após uma acurada reflexão. Também sei que vivemos em dimensões e situações diferentes, agradeço de coração a sinceridade, e por você ter e sentir de fato na liberdade de ser quem és. Outro dia destes eu estava conversando com o A., falando sobre o meu envolvimento com a estação aqui em João Pessoa, mas de como eu não quero me pegar defendendo o Caio, o Ed, o A, o B, a mim, a você, e nem mesmo a Cristo, pois creio plenamente que Ele não precisa de mim ou de quem quer que seja para advogar em nome dEle.

Suas palavras vem em boa hora amigo.

A cada dia "conheço" mais pessoas, e menos as conheço. Isso pode estar associado ao fato de me permitir me conhecer um pouco mais também. Sobre o John Stott ficam as leituras, que são agradáveis. Ele foi um irmão precioso, e sem dúvida alguma me ajudou na caminhada, e na verdade até hoje ajuda.

Sei que há muita amargura em muitos lugares, em muitos corações, certamente o há (e digo com tristeza, porém sincera) na caverna do meu ser, lá no íntimo do meu coração, seja por uma razão "justa" ou "não justa", hoje porém busco descansar nEle, pois creio que Ele É o bom caminho, exala vida em abundância, derrama a sua graça e misericórdia sobre nós, e É nEle em quem busco refazer minha peregrinação.

Hoje amigão... Creio que a minha paz não depende das unanimidades ao meu respeito, pois não é mais o bicho que vai determinar o meu próximo passo, e sim a consciência do evangelho. Creio que no chão da vida sempre haverá pedras, a grande questão é o que fazer com elas, se muralhas intransponíveis ou se pontes?!

Hoje tenho vivido ou ao menos me guiado pela Palavra que instrui: "Se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens" Romanos 18.12. Este Paulo pecador tinha algumas poucas virtudes, das tais: "Ele era Corinthiano". kkkkkk

Vou ficando por aqui amigão, na certeza da saudade e do desejo de pode reencontrá-lo.

Muito obrigado por suas palavras, elas me são lenitivo para alma.

‎"Quanto mais deixamos que Deus assuma o controle sobre nós, mais autênticos nos tornamos - pois foi ele quem nos fez" C. S. Lewis

João Crisóstomo

Entre Amigos é Assim... I
João Pessoa, 03.08.2011 ~ João Vicente Ferreira Neto


João Crisóstomo,

Como tu estás? Espero que bem, especialmente com a sua alma e com Deus que fala às nossas almas. É a linguagem de Deus e a gente precisa aprender a falar a fala da alma.


Com todo respeito a Caio, qual é a novidade? Estou cansado desse blá-blá-blá. Não me sinto mais edificado por essa contínua repetição - desculpe o pleonasmo - das mesmíssimas coisas.

Coisas assim, meu bom amigo, já não mais me tocam o coração. Só me fazem mal, na verdade. EU QUERO É EVANGELHO PURO, feito vinho tinto seco, de nobre cepa, e ano de colheita excepcional.

Vejo, de saco cheio, os "donos da verdade", debatendo as suas verdades, como se fossem os iluminados, os iniciados, os detentores dos oráculos de seus próprios deuses.

Graça é feito vinho novo, de cepa nobre e colheita excepcional. Só me oferecem o pior vinho e não o vinho de Caná, o vinho do milagre de Jesus.

Acho todos uns babacas, que não se acham babacas, porque se assim se percebessem não se dariam à babaquice de sempre: "a igreja se constantinizou", "estão mercadejando a fé", "a religião é culpada de tudo".

Contem-me algo novo, como novo é o Evangelho do Cristo Ressurreto.

Cansei desses caras que querem fazer a cabeça de seus seguidores. Eles cometem o mesmo erro que os outros a quem criticam. Pensem com as minhas categorias e aí descobrirão o que só eles descobriram em sua revelação dos "oráculos" de Deus.

Choro por causa dessa babaquice neo-evangelical. Tudo continua como antes no quartel de Abrantes! A mensagem só foi requentada. E os que a servem não passam de amargurados.

Prefiro a minha espiritualidade que duvida e crê, que crê e duvida, que se entorta e desentorta, que não deseja grandes coisas para si, mas apenas a paz e a alegria que nenhum desses podem me dar.

O que eles oferecem é desgraça, porque o que eu já li, ouvi e vi desses todos é só azedume. Virou moda descontar na religião da desgraça, na igreja constantinizada, na fé de mercado, as frustrações de quem um dia se achou a boca de Deus.

Não me refiro a um cara específico, mas a todos os caras!
Lamento o falecimento de John Stott e de Willy Still, e não tenho saudades de nenhum dos meus "heróis", porque todos eles morreram de overdose, empanturrados de sua própria glória, pois pensaram que eram muito maiores do que a GRAÇA os fez.

Grande é o Senhor e Salvador Jesus Cristo. Louvo-o porque Ele e só Ele é. A Ele e somente a Ele a minha prostrada adoração e a minha súplica: "Sê propício a mim pecador".
Sinceramente, de quem se achou alguma coisa um dia e agora só é o que é por causa da misericórdia e graça de Jesus, o Cristo de Deus,

L.L.C.Jr

Perícopes Confessionais...
João Pessoa, 23.11.2010 ~ João Vicente Ferreira Neto


Perícopes Confessionais...
Por mim mesmo como ser possuidor de dúvidas e complexidades também tive a sensação horrível de estar solitariamente esquecido e abandonado. E como a religião habitava a casa do meu ser, estes complexos, e doenças iam se instalando dentro de mim. Ao que nem preciso ir além... Em suma a culpa, ou melhor, como diz o Barbudo “esquisito”: “A falsa culpa”, era literalmente se sentir culpado quando não havia culpa alguma...
É interessante que mesmo dentro da coisa (religião), e a coisa de certa maneira dentro de mim, mensagens de Deus (não estou falando de pregação pulpitífica, mas, da reflexão sobre a Palavra encarnada por meio do evangelho simples e puro) como aquela ao profeta Elias de que 7.000 mil não haviam se prostrado a Baal, me renovavam a esperança...
Lembro-me que até dois anos (2008) atrás eu não suportava o poeta cristão “da” teologia relacional canária, especialmente quando surgiram aquelas questões que envolveram ele e o Sacerdote Chanceler sobre Teologia Relacional, Teologia do Processo e Teísmo Aberto que no fim da tudo no mesmo buraco. Lembro-me que o que residia em mim pelo moço da Água Branca era pena, desprezo, rejeição. Achava-o um herege, liberal, e o pior... Pobre de reflexão. Não me dava conta de que eu é que era um asno de ser e de alma. O porre que tomei deve ter sido grande. A maconha estava estragada, e garanto que não usei páginas do Apocalipse, pois meu coração estava tão petrificado e minha mente tão cauterizada como diz nosso amigo Paulo que eu estava fumando nas folhas Lei...
Sobre o Barbudo “esquisito” eu era apenas um curioso. Sabia pouco sobre ele. Lembro-me que cheguei a ler um livreto dele (ano 2000) e na minha “sapiencial intelectualidade” parecia ou queria não gostar. Nesta época eu era “discípulo” de sacerdotes institucionais, senão admitia isso, tenho que reconhecer que o era ao menos inconscientemente. Engraçado é que quanto mais os anos se passavam, mais fria e distante a relação dos “guias religiosos” comigo e vice-versa ia se tornando. Embora nunca dissesse isso para alguém era assim mesmo que eu me sentia. Parecia mera relação comercial e de interesse. Todos nós sujamos os pés, as mãos, o corpo inteiro não precisa nem falar...
E o pior exteriormente eu era um padrão de menino bonzinho, ao ponto disso ter se tornado “neurose” e em dados momentos levando-me a crer, ainda que eu não o dissesse, mas, internamente assim cria e pensava que eu era um paradigma de vida piedosa. Carreguei comigo alguns troféus e tolices do tipo que nós enquanto religiosos de mentalidade de gueto levamos conosco o tempo todo.Ai o Paizinho de Amor me deu algumas porradas santas para eu começar a deixar de ser moleque e menino que fica barganhando tudo com Ele o tempo todo, e foi me lapidando (como continua até a volta dEle), libertando-me de mim mesmo e desse meio podre que causa horror...
Hoje eu confesso que amo o moço da Água Branca sem nunca ter visto ele pessoalmente. Escuto inúmeras mensagens dele. Há uma em especial por título “O evangelho dos evangélicos”, a qual partilhei em amor com um grande amigo que foi libertadora tanto a mim quanto a ele, que vez por outra eu escuto, a fim de expelir os demônios da religião que insistem querer me persuadir. Outra mensagem libertadora a mim e ao meu amigo foi “Pela regeneração de nós mesmos no evangelho” do Barbudo “esquisito”.
O mundo ao nosso redor esta cheio de fanáticos religiosos aguerridos defensores de suas instituições, doutrinas e regimentos. Tenho de confessar que a maioria é um pé no... Um dia desses no trabalho chegou um religioso falando um monte de coisa, e eu do outro lado apenas ouvindo. De repente outro religioso começou a pregar para ele e entraram em um debate, e foi uma ladainha e uma baboseira daquelas que nem preciso me prolongar. Agora, na boa?! – Foi até humorado para mim. Sério. Deu uma vontade de rir. Sem deboche. É engraçado como a “alma religiosa” tem uma impulsividade em defender “deus”, em advogar para “ele”. O primeiro homem disse assim: “Vai sair um filme que vai parar o mundo, Chico Xavier”, ao passo que o segundo respondeu: “Se não nascer de novo e aceitar a Jesus vai para o inferno com filme e tudo” (Embora isso seja verdade, sem amor deixa de ser verdade e torna-se terrorismo pagão).
Na boa a TV esta perdendo estes caras. Comédia pura. Pois, na boa?! – Se o cara estiver falando a respeito da pessoa de Jesus como Senhor da nossa consciência, do nosso viver, e razão do nosso existir eu até me esforçaria para compreender, mas, esta linguagem “religiosa” que faz uso da bíblia com letra que mata e não se deixa ser tocada pelo Espírito da verdade em amor e pela Palavra encarnada passional que vivifica já esta tão recauchutada que não consigo mais engolir.
Sendo assim recorro às palavras de um amigo: “Afinal não há como abandonar as drogas indo visitar as suas bocadas”. Tenho alguns amigos e irmãos que continuam nos meandros e guetos religiosos, todavia (quero crer) que o coração e a consciência deles já saíram de lá faz tempo, estão apenas por acompanhar um cônjuge, companheiro (a), ou questões de abrangência familiar, bem pouco importa as justificativas ou explicações, mas, é como o Barbudo “esquisito” diz: “Este é o caminho que eles escolheram chamar a existência de suas vidas”. Algum tempo atrás renunciei a tudo que consumia tempo e vida (ou morte na verdade), eu estava literalmente desistindo do “ministério” para ficar aos cuidados do mistério, pois afinal Deus não me tirou de uma religiosidade clerical para me enfiar em outro curral religioso que no fim em quase nada diferia do anterior!
Há alguns que consigo escutar. É o caso daqueles já citados, pois “suas” mensagens falam sempre de misericórdia, perdão, cura e possibilidade de recomeço, e não trata de assuntos importantes com descaso ou silêncio, e nem com posições cerradas, fechadas. Abordam questões que tocam na ferida, mas as tocam para limpar, tratar e curar. Há gente boa de Deus para se ouvir e crescer com “seus” ensinamentos, mas hoje caminho sem aquela idolatria ainda que não confessada, mas, que é estampada nos prosélitos.
Acredito que estas dúvidas existentes serão (vão sendo) esclarecidas no dia a dia do chão da vida. O agravante é que alguns foram violentados de dentro e de fora no reduto religioso de maneira tão perversa que parecem não conseguirem recomeçar. A religião inseriu em nós muitas mazelas e só aos poucos serão removidas, é um processo que leva tempo. Tenho consciência de que fiz algumas escolhas erradas. Que fui imaturo e que não sou meramente vítima de tudo. Sou homem para assumir minhas fraquezas e tolices.

Hoje como tenho escrito: "Estou em processo constante de construção... Um andarilho que se desvia da estrada da religião, ao passo que na dura estrada em Cristo faz o "seu" caminho evocando e chamando à realidade a vida, re-significando o que fora... Alguém que como o filho pródigo estava perdido e foi encontrado... E que agora prossegue sendo pacificado por Ele que suaviza a alma e o ser...

O que não há de entender...
João Pessoa, 16.11.2010 ~ João Vicente Ferreira Neto



O que não há de entender...
Porque me abandonastes...?
Me... senti tão triste...! Tão solitária,
Óh... Porque meu amado, fostes e não me levastes...?!
Mas jamais te abandonei,
Nunca estivesses fora de mim...
Cá comigo dentro em meu peito sempre estivesses...
Outrora, agora e para sempre estarás dentro em mim...
Eu apenas me deixei partir para não te contaminar,
Estava embriagado do cálice perverso e pernicioso do porão longínquo,
Ahhh!!! Como ele me fez mal, não há verbos e conjugações...
As cataratas são meu mero balbuciar,
Parece ser tarde para ti ó minha tatuagem,
Fui tomada por outro, embora vagassem tua lápide sempre no meu mundo encantado.
Vivi dilacerada aprisionada ao teu bordão...
O teu frisson reluzente se fez au...senti!
Como me libertar de ti se já não "o" quero?!
Ó nobre donzela...
Não precisas a nada justificar, sequer explicar!
Pois
.
.
.
Um homem quando se embriaga por uma mulher,
não a quer para si de maneira egoísta; e sim deseja a felicidade dela com quem quer que seja, ainda que este não seja ele...
Desde que ela de fato seja feliz!
O que nos difere?
Por ti estou sempre passional amori...
Por mim estas sempre amori passional...

Breve Tempo...
João Pessoa, 18.10.2010 ~ João Vicente Ferreira Neto


Exatos 18 anos e 10 dias, mas parece ter sido ainda há pouco...
Eu nunca mais poderia vê-lo, abraçá-lo, tocar na sua barba e dar um beijo na sua face...
Faz tanto e tão pouco tempo ao mesmo tempo em que parece nunca passar...
Lembro-me do seu prazeroso riso...
Lembro-me de tanta coisa da qual jamais me esquecerei...
Lembro-me do primeiro presente de que me tenho consciência...
Lembro-me das tuas loucuras papai...
Lembro-me de pular em tua barriga enorme...
Lembro-me de todos os clubes que íamos, dos rios e cachoeiras enormes...
Lembro-me das canções de Benito Di Paula que tanto gostavas...
Lembro-me do chevette, do passat, da Kombi...
Lembro-me de sofrermos com o gol de Maradona... Como eu chorava em teu colo...
Lembro-me de torcer loucamente pelo Corinthians na final de 90... De como saímos gritando pelo meio de uma cidade que nem conhecíamos...
Lembro-me que você me levou para um bordel e enquanto fazia suas loucuras (penso eu hoje) eu era mimado por um monte de moças...
Lembro-me das boas surras que levei, três ao total e todas elas você estava certíssimo, aquilo me fez um bem tremendo... Me ajudou a ser um homem melhor...
Aprendi com aquilo a nunca mais comer o batom de uma moça pensando que era chocolate, aprendi a não mais brigar na escola e atirar pedras em vidraças, aprendi a não mais desrespeitar os mais velhos... Ou ao menos tenho aprendido...
Lembro-me do açougue, do matadouro, das sandálias, de como eras apto para ganhar dinheiro, confesso que isso não herdei de você...
Lembro-me das muitas viagens para quase todas as cidades do coração do Brasil...
Lembro-me de atravessar a fronteira contigo ao menos uma única vez...
Lembro-me das farras e algazarras que fazias... Não há ninguém que saiba fazer uma festa como você...
Lembro-me dos deliciosos pratos, com exceção a vovó você era insuperável...
Lembro-me das várias casas que moramos, lembro-me de acordar de madrugada com a cozinha e o terraço desabando...
Lembro-me das grades de cerveja, das doses de cachaça, e das saideiras "infinitas"...
Lembro-me da noite perversa no bar... Tu estavas embriagado, fora de si, irreconhecível...
Lembro-me que semeastes tua morte e a colheste...
Lembro-me que resististe por duas vezes até sucumbir na terceira vez...
Lembro-me como me ensinastes a enfrentar um inimigo face a face, olhando dentro dos olhos com serenidade sem precisar levantar a mão, pois pelo penetrar da íris tudo dizias...
Lembro-me da última noite, de como estávamos alegres, era uma noite festiva parecia de fato uma linda despedida da qual jamais estive preparado...
Lembro-me de pedir-me para ir ao bar tomar a maldita saideira... Nossa como aquela maldita saideira me custou...
Lembro-me dos estrondos, dos disparos...
Lembro-me de sair feito um louco do banco de trás do carro aonde dormia...
Lembro-me de ver a 3º bala perfurando tuas costas...
Lembro-me de ver você virando e levando o 4º tiro em cheio no peito e cambaleando em minha direção...
Lembro-me que enquanto a gigantesca poça de sangue se formava estendestes tua mão e me dissestes algo que daria a minha vida para entender...
Lembro-me do quanto me amastes com todas as tuas forças e condições...
...
Mas fiquei tão triste, tão solitário, terrivelmente abandonado quando partiste para não mais voltar...
Há um vazio terrível que parece nunca passar...
Por mais brilhante que fostes, não me ensinastes que serias traído mortalmente pelas costas...
Quatro cápsulas metálicas fez o meu herói desabar diante de meus olhos...
...
Tive de aprender a me tornar homem ainda criança atropelando tanta coisa, tanta gente, inclusive a mim mesmo...
Mas nunca me esquecerei de teu amor...
Nunca me esquecerei que estivemos juntos até o fim...
Enquanto houve esperança lutamos juntos até a morte nos vencer...
Você se foi e eu permaneci... Ou talvez você tenha permanecido e eu é que parti...
Gostaria de reencontrar o elo que nos une...
Aquele a quem juntos protegemos, você na sua grandeza e eu na minha ousadia...
Espero que ele esteja bem, não quero parti sem antes encontrá-lo, pois tenho a sensação que me reencontrarei com um velho amigo irmão com face de pai...
O caçula cresceu... Esta tão distante... Há muito não tenho contato...
Até eu cresci e não me dei conta... O menino se fez homem muito menos que se imaginasse...
Tudo aqui é muito duro como você sempre me falou não com palavras, mas com a própria vida...
Amei-te desde o reencontro... Amei-te todos os dias... Amei-te até o fim... Mas a morte que nos separou jamais te arrancou de dentro de mim...
Te amarei enquanto vida tiver...
A maior dádiva que o Pai de todos nós me deu foi ter vivido ainda que por pouco tempo com o maior privilégio que um filho possa ter... O ter um pai...
Consegui prosseguir graças a Ele...
Perdi a ti papai, mas encontrei o Pai de todos os pais...
E nEle e tão somente nEle repousa o meu coração... Sossega a minha alma...
Se pacifica o meu ser...
Para sempre te amarei...
Sou grato a Deus e não terei como não ser por um dia poder dizer: "Pai"... Meu papai...
Ainda que em um...

Breve tempo...

O que tenho aprendido...,;?!
João Pessoa, 16.10.2010 ~ João Vicente Ferreira Neto


O que tenho aprendido...,;?!

Desde cedo à vida tem me ensinado que ela difere do simplório fato de existir.

Somos ensinados nas mais variadas instâncias, guetos, grupos, instituições, organizações, e no mais que possamos citar que “entramos” na vida para vencer.

A exorbitante celeuma sobre a vitória é que o seu ápice reside no seu maior contraste, ou seja, na derrota.

Já houve quem dissesse: “Quem jamais perdeu não conseguirá desfrutar com intensidade o sabor de uma vitória, pois um grande vencedor precisa saber perder, precisa experimentar a dor da derrota”.

Um clássico inveterado sobre vitória e derrota, ganhos e perdas, alegrias e dores reside em ícones da história humana, dentre alguns faço menção ao sábio rei Salomão.

No magnífico compêndio do viver humano Veterotestamentário (Eclesiastes 7.1-5) o sábio Salomão disse: O bom nome é melhor do que um perfume finíssimo, e o dia da morte é melhor do que o dia do nascimentoÉ melhor ir a uma casa onde há luto do que a uma casa em festa, pois a morte é o destino de todos; os vivos devem levar isso a sério! A tristeza é melhor do que o riso, porque o rosto triste melhora o coração. O coração sábio está na casa onde há luto, mas o do tolo, na casa da alegria. É melhor ouvir a repreensão de um sábio do que a canção dos tolos”.

Mesmo com a distância do espaço físico geográfico temporal a canção O Vencedor dos Los Hermanos suscitam dentro em mim que os dias hodiernos podem beber tranqüila e mansamente de fontes densas e profundas do curso do viver diária nosso de cada dia, desde a criação ao tempo que se chama hoje, e ao amanhã perene.

Na caminhada do que uns professam existência e outros discernem vida, a existência pouco me ensinou a não ser o simples fato de vir à existência, já a vida é minha eterna namorada, fiel companheira que jamais me iludiu seja pelo que for. Com a vida tenho aprendido muita coisa desde a existência. Diferente dos códigos, manuais e receitas, destoante das leis e das regras, a vida, enquanto apenas existência ainda no ventre de minha mãe já me era “didática”.

Com a vida tenho aprendido a dádiva da derrota...

Com a vida tenho aprendido desde cedo o sabor resiliente da perda...

Com a vida tenho aprendido o amargo doce da dor...

Com a vida tenho aprendido quando o perder é vencer...

Com a vida tenho aprendido a enfrentar a rejeição e o abandono de pai e mãe, não dentro do ventre, mas fora dele, sei o que é a dor de ser abortado não para fora da vida, mas na própria vida, sei o que é vir à existência e ser abortado no viver... Não é à toa que Salomão disse: “... e o dia da morte é melhor do que o dia do nascimento”.

Com a vida tenho aprendido com a dor do (a) outro (a), com a dor de quem teve de criar quatro filhas, e mais sobrinhos e agregados sem a cumplicidade amorosa de seu fiel companheiro ao lado, mas que teve de enfrentar as diversidades da vida desde cedo...

Com a vida tenho aprendido o que é se apavorar tarde da noite com a sensação terrível de abandono, perseguição e morte...

Com a vida tenho aprendido o quão pavoroso é ser abusado quando não se tinha sequer uma mínima formação necessária para encarar as complexidades do mundo...

Com a vida tenho aprendido como é cruel e sagaz a entrega inconseqüente, como um bumerangue que foi lançado e pode voltar contra si mesmo afetando inclusive aqueles que estão próximos...

Com a vida tenho aprendido a experimentar ainda criança a desonra, o desrespeito, a violência, o estupro, a promiscuidade, as drogas, a extorsão, a maledicência, a desobediência, a mentira, a perda, o vazio...

Com a vida tenho aprendido desde cedo o que é se despedir de um ente querido quando não se havia programa tal despedida...

Com a vida tenho aprendido que a religião massacra, humilha, machuca, nos afasta de Deus, nos faz alienados das reais e verdadeiras problemáticas que tangem a vida, que ela a macabra (religião) nos faz “perder” a fé...

Com a vida tenho aprendido que estou em processo constante de construção... Como um andarilho que se desvia da estrada, ao passo que nela mesma em Cristo faz o "seu" caminho chamando à realidade a vida, re-significando o que fora... Alguém que estava perdido e foi encontrado... E agora prossegue pacificado por Ele que suaviza a alma e o ser...

Com a vida tenho aprendido com o que disse C.S.Lewis: "[eu] pensava que nós seguíamos caminhos já feitos, mas parece que não os há. O nosso ir faz o caminho".

Com a vida tenho aprendido a encontrar significado, razões e propósitos nas derrotas, nas desilusões, nas perdas, nas dores e esfolamentos...

Com a vida tenho aprendido através da vida e da vida de Salomão que “quem vem do lado oposto vem sem gosto de viver” (Los Hermanos)...

Com a vida tenho aprendido através da vida e da vida de intelectuais pensadores o equívoco de achar que “quem acha que perder é ser menor na vida” (Los Hermanos)...

Com a vida tenho aprendido meio que pela ironia do “destino” (pois não creio em destinos), que a estrada da perda pode me levar ao caminho da vitória...

Com a vida tenho aprendido a aprender diariamente com as mais exóticas e diversificadas pessoas nas mais diferentes áreas, e das mais variadas classes...

Com a vida tenho aprendido como disse o “bom” filósofo: “que só sei que nada sei”, e como bem incitou Salomão: “quanto maior a sabedoria, maior o sofrimento; e quanto maior o sofrimento, maior o desgosto”...

Com a vida tenho aprendido que nem tudo esta perdido, mas que pouco se ganhará...

Com a vida tenho aprendido que o ser, não é apenas mais importante que o ter, e sim que a única importância é o ser, tendo o ter apenas como conseqüência natural de junção de fatores, evocações e escolhas que bem discernidas não se tornaram o bem maior do meu ser, mas apenas como objeto natural que só tem sentido por causa do ser...

Com a vida tenho aprendido que posso continuar a aprender, especialmente nas derrotas...

Com a vida tenho aprendido que posso possuir todas as coisas, mas senão tiver aquEle que dá sentido e razão ao meu viver, ainda que eu tenha todo o ouro e prata do mundo, ainda que ao meu lado eu tenha a mais bela donzela do planeta, ainda que eu tenha o mais profundo discurso, ainda que tenha todas as coisas sem Ele o que terei não é nem o nada...

Com a vida tenho aprendido, todavia que Ô tendo como bem da minha alma, razão do meu viver, propósito de meu ser, então não apenas existirei como o nada se fará tudo e tudo em nada e o tudo e nada, e o nada em tudo de nada mudará ou fará qualquer falta para e em mim...

Com a vida tenho aprendido que ser macho de verdade não é revidar os socos tomados ao longo da vida, e sim dar a outra face...

Com a vida tenho aprendido que perder um casaco em prol do cuidado ao próximo na verdade não é perder, mas é salvar a própria vida e ainda a do outro...

Com a vida tenho aprendido que mesmo sendo esfolado desde cedo e em muitas áreas há a possibilidade de recomeçar, e que na verdade nunca se é tarde para recomeçar...

Com a vida tenho aprendido que mesmo tendo esfolado desde cedo alguns e em muitas áreas há a possibilidade de se refazer, perdoar e ser perdoado, compreender e ser compreendido, sem ter a pretensão de dar para receber em troca, pois o doar-se já é o próprio recebimento do que quer que seja...

Com a vida tenho aprendido que aprender é um processo contínuo do qual farei parte por toda a minha vida...

Vínculos de Infância - Confissões de um amigo...
João Pessoa, 05.06.2010 ~ João Vicente Ferreira Neto



Querida agradeço de coração pela preocupação, aliás pelo cuidado de cada uma de vocês.

Vejo o quão precioso são os vínculos criados desde a infância com as pessoas amadas.

Acredito que todos nós passamos por crises e períodos difícies no curso de nossa existência, você é a prova real disso.

Há certos momentos que a crise chega ser tão grande e dolorosa que pensamos: "não iremos resistir por muito tempo", pensando as vezes que a morte é a melhor saída.

Não sou super homem, e nem gostaria de ser, afinal ainda assim haveria a criptonita para me enfraquecer. 

Se fosse ser um super herói gostaria de ser o Batman ou o Ayrton Senna, eles são/foram reais.

Meus dilemas são profundos, como diz o ditado popular: "o buraco é mais embaixo"...

Minhas crises são de proporções maiores, estão relacionas a fé, religião, sociedade, política...

Dentro de mim há um desbravador que não aceita tais condições e situações.

Não sou como "re-vol-ucionários" - sem querer me desfazer deles - que grita aos berros, mas não faz algo com concretude de mudança, a não ser na maioria das vezes o quebra-quebra generalizado.

Minha luta não é armada, pois não sou apenas um seguidor e admirador religioso de Jesus, sou um discípulo, miserável e pecador, mas lavado pelo sangue dEle.

Rompi com os laços da religião, como diz o Rubem Alves: "Religão é jaula, cadeia, prisão e gaiola", não deixe de ler em meu blog: http://basileia-reino.blogspot.com/2009/11/sobre-deuses-passaros-e-gaiolas.html

E por isso mesmo quero corrigir, aliás descobrir os traumas que se alojaram no curso de minha existência no porão da minha alma.

Quero ir sim a terapia não como um doente que esta perdido e não sabe aonde quer chegar, mas como alguém que tem a consciência que precisa limpar certas sujeiras que se infiltraram na alma e no ser em algum momento e que estão danificando uma vida que foi criado para viver para glória de Seu Senhor/Criador.

Quero sentar-me no Divã de Deus e ser tratado pelo Pai de Eterno Amor.

Um dia mana querida você poderá brincar com minhas crianças.

Tenho paz no coração de que encontrarei alguém em quem eu possa não mais fazer transferências e simplesmente amar.

Todavia lembre-se mana amada: "palavras e carinho sempre valerão mais que qualquer quantia de valor financeiro e objeto".

No mais espero que este carta seja um alento em tua alma.

Que ela possa trazer paz ao teu coração.

Pois tenho a consciência que o meu sofrer por vezes gera mais sofrimento naqueles que me amam como é o seu caso, até mesmo do que em mim.

Beijos na alma e no coração!

Amo você.


=) 

Tudo muito simples...
João Pessoa, 19.04.2010 ~ João Vicente Ferreira Neto

Na vida as coisas poderiam ser mais simples.
É um pena que a compliquemos tanto.

Certa vez um pai chegou próximo a sua pequena criança e perguntou: "Você esta com fome?", ao que ela respondeu: "Sim papai eu estou". O pai por sua vez perguntou: "E o que você quer comer?". Então a criança falou: "Eu quero comida"...

Que ironia do destino ou que bruta, terrível, deplorável e dolorosa realidade e idealidade é esta que nós vivemos...
Não se preocupem com a escrita, com as palavras e com a ordem...
Labute a sua faculdade discernível para o princípio...

Em dias coloridos nós vivemos com as crianças colecionando pulseiras do sexo para carinhosamente serem estupradas e amorosamente violentadas.
Por poutra viés temos os adultos ansiosos que vão comprando mais um pacotinho de figurinhas da Copa do Mundo e das Eleições.
Falando nisso qual é a cor do seu candidato heim?!

Pois o meu é desbotado, e o número dele é aperta todos os números possíveis e depois CONFIRMA...

Mas, para não perder o fio da meada voltemos a criança da história...
Tal criança sempre observava atentamente os adultos orarem a dEUs, e ela nada compreendia, afinal os adultos apenas proferiam vãs repetições, frívolas palavras, meros clichês, e nada mais...
Assim a criança fez como lhe apraz, ou seja, conforme a sua constituição.
Então ela começou a ressoar as letras do alfabeto: a, b, c, d, e, e assim por diante até chegar em z...

A criança que assim o fez a céu aberto estava sendo observada pelo seu pai que mui curioso a questionou: "Filho, o que fazias?". O pequenino respondeu: "Batendo um papo muito legal com um grande amigo e Pai de todos". Continuou o garoto: "E ai papai como eu acho tudo muito confuso no mundo dos adultos resolvi conversar assim com meu amigão, pois, dizendo letra por letra Ele iria saber melhor do que eu, o significado de cada uma delas para mim na minha relação com Ele".

Pessoal... Como alguém já disse: "Não são os eloquentes e os eruditos que atingem o coração de Deus, mas os de coração quebrantado, limpo, sincero, contrito, que sabem que nada são senão miseráveis pecadores, carentes da eterna graça, do maravilhoso perdão e do amor regenerador de Deus em suas vidas".

Sem perder a fé, jogando apenas todas as certezas que não são certeza alguma, e levando apenas todas as dúvidas que se debruçam a uma só certeza, de que Deus é amor, de que Jesus Cristo é Deus encarnado e Senhor, nada mais me interessa...

Minha religião?
EU estou CORINTHIANO, e não é de Corinto, mas, de São Paulo mesmo...
Quanto a fé eu estou cristão, mas, que nada tem haver com cristianismo seja em qual instância ou grupo religioso for.

Pois Só Ele é...

Que nós caminhemos de maneira mais branda, assim como as crianças...
Para que tudo possa ser muito simples...

Inverno e Primavera – Obras do Criador
João Pessoa, 19.05.2008 ~ João Vicente Ferreira Neto


Fora a mais fria estação,
E consigo levou estreiteza e consternação...

Enfim, chegou à primavera,
E estampado em sua face o mais belo riso...

O inverno se foi,
Abraçando-se ao passado, e lançando-se ao abismo...

A primavera por sua vez,
À sã consciência trouxe esperança...

Consigo o inverno levou a beleza,
Pois entendeu que esta é uma déspota lacónica efêmera...

Doce primavera,
Pois consigo perdurou a formosura....

A tibieza é fria, estéril, sem chiste, sem finura de espírito,
É o retrato da humanidade sem Deus...

A primavera é esplendorosa, magnificente, branda, desperta a parte incorpórea,
A primavera ao olhar para as flores simplesmente as amam como Deus as concebeu...

O inverno é o reflexo da nossa auto-suficiência,
É o espelho da alma angustiada, da visão limitada, do medo que apavora, do passado que aflige, da incerteza da vida, do terror da solidão, das inseguranças de traumas...

A primavera é a companheira que se achega quando os demais se vão,
É aquela que mesmo ausente se faz presente, alegrando o coração, dando paz ao cerne, razão à existência, sentido à vida, e gozo à alma...

Contudo, o mais admirável em tudo isso,
É que na passagem do inverno para a primavera acontece a expressão inefável do Criador, Pois é neste ensejo que Ele nos permite fazer as mais preciosas descobertas de nós mesmos...

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