O Cantil



A maquinaria é envergonhadamente escondida no chamado teatro “ilusionista”, mas ela sempre se deixa detectar desde que nos debrucemos sobre o “segredo de fabricação”. Tal realidade de máquina é, por definição, alheia ao mundo fictício sugerido pela cena.

Patrice Pavis


Sobre o Teatro Máquina: http://www.teatromaquina.com/index.html

O Teatro Máquina (antiga Ba-guá Cia de Teatro) é um grupo de teatro de Fortaleza-CE, em atividade desde 2003. A dramaturgia épica, já por si mesma fragmentada e cheia de rupturas radicais, tem sido o principal foco de interesse, através dos textos do próprio Brecht e de autores importantes para seu teatro, além de inspirar roteiros e esquetes do próprio grupo.

Em nossa prática temos sempre nos preocupado com a investigação da linguagem teatral, realizando trabalhos que tem nas dimensões da pesquisa e do processo colaborativo sua principal base. A linguagem narrativa, os aspectos épicos e diferentes modelos de composição gestual e vocal são desenvolvidos a cada novo trabalho, onde sempre nos impomos desafios maiores. O grupo tem trabalhado os conceitos de estranhamento, literalização da cena e refuncionalização dos elementos do teatro, através das idéias de jogo e repetição.

Preocupado em pensar novas estratégias para a relação palco-platéia, o grupo vem pesquisando a recepção através das sensações de surpresa, espanto e admiração. Alem dos espetáculos, faz parte da pesquisa do grupo a realização de debates, desmontagens, demonstrações técnicas e a oferta de cursos e oficinas, sempre em processo colaborativo.

2008

Texto, Direção e Produção: Fran Teixeira.
Assistência de Produção: Joel Monteiro.
Elenco: Aline Silva, Ana Luiza Rios, Edivaldo Batista, Levy Mota e Márcio Medeiros.
Cenário: Frederico Teixeira.
Figurino: João Zabaleta.
Trilha Sonora Original e Sonoplastia: Dustan Gallas.
Animação: Ramon Cavalcante.
Iluminação: Walter Façanha.
Contra-regragem: Ramon Cavalcante.
Operação de Som: Joel Monteiro.
Operação de Luz: Tomáz de Aquino.

Sinopse: Uma viagem sem espaço nem tempo definidos. Dois homens seguem à procura de algo. Para o patrão a viagem é urgente e aterradora, para o empregado é apenas objeto de seu ganha-pão. Entre os dois se estabelece uma relação nos extremos da desconfiança total e da pura subserviência, relação essa transfigurada pela ausência/presença do cantil. Nossa encenação enfatiza a metáfora da manipulação, estendendo a relação entre os personagens para os atores, através das figuras condensadas do boneco-narrador e do manipulador-narrador.

Premiações:

-Indicado ao 21° Premio Shell de Teatro de São Paulo na "Categoria Especial".
-Projeto contemplado pelo IV Edital de Incentivo às Artes da SECULT.
-Espetáculo contemplado pelo Edital de Ocupação do Centro Cultural São Paulo - Temporada 2008/2009.
-Projeto vencedor do Prêmio Myriam Muniz de Teatro (FUNARTE-PETROBRAS).

Leia mais: http://www.teatromaquina.com/ocantil.html

Saiba mais: http://www.teatromaquina.com/textofran.html

Ainda: http://www.teatromaquina.com/opovo_150109.html

Um pouco mais: http://www.teatromaquina.com/opovo_281008.html

Comentários