Mãe (solo), é fácil de entender; difícil de explicar; Te amo...
Mãe (solo);
É fácil de entender;
Difícil de explicar;
Te amo...
No segundo domingo de maio é comum comemorarmos aqui no Brasil o dia das mães.
Poderíamos atribuir a esse ser mãe diversas qualidades, uma delas, sem dúvida alguma, é a resiliência.
Casos como as Mães de Maio e Carolina Maria de Jesus (Quarto de Despejo) são inspiração a todos, todas e todes.
Ali há uma diversidade de fotografias/histórias que retratam/narram/descrevem a realidade de muitas mães brasileiras e a elas todo o meu apreço, respeito, acolhida e profunda admiração, embora não sinta na pele a dura realidade vivida por cada uma delas!
Em um país com tantos órfãos, eu posso dizer que sou privilegiado por ter duas mães: uma biológica e a outra que me criou desde os meus cinco meses de vida.
Hoje pela manhã, quando tomávamos café, minha prima irmã disse: "mãe é aquela que ama, ama não porque é amada, é amada porque ama".
Cada pessoa tem seu tempo, cada pessoa tem sua história, há mães que geraram filhos e nunca os criaram, sequer puderam amamentá-los, que foram impedidas pelas circunstâncias da vida, ou foram silenciadas e até mesmo mortas e, parte considerável delas, por seus companheiros.
há outras que fazem parte de uma minoria, e minoria privilegiada, e que em alguns casos dentro dessa minoria que é privilegiada, ainda há aquelas que não se dão conta disso, do privilégio que possuem, não enxergam que sua realidade é diferente da realidade de uma mãe solo.
Essas outras de minoria privilegiada que além de condições sócio-econômicas favoráveis tiveram uma rede de apoio (marido, o sogro, a sogra, os seus próprios pais, ou ainda seus/suas filhos/filhas mais velhos, além das babás) para as auxiliarem durante todo o processo de gestação, nascimento e anos da educação primária, básica e essencial da(s) criança(s) que veio/vieram ao mundo.
Quando somos amados "é fácil de entender, difícil de explicar" como diz a canção.
Mãe me lembra abraço;
Mãe me lembra acolhida;
Mãe me lembra também ausência.
Mãe me lembra também abandono.
Mãe me lembra admiração;
Mãe me lembra afeto;
Mãe me lembra alegria;
Mãe me lembra banho;
Mãe me lembra brincadeira;
Mãe me lembra confiança;
Mãe me lembra compaixão;
Mãe me lembra comer;
Mãe me lembra coragem;
Mãe me lembra cumplicidade;
Mãe me lembra dor.
Mãe me lembra dúvida.
Mãe me lembra empatia;
Mãe me lembra fé;
Mãe me lembra força;
Mãe me lembra frustração.
Mãe me lembra gratidão;
Mãe me lembra graça;
Mãe me lembra intimidade;
Mãe me lembra medo.
Mãe me lembra respeito;
Mãe me lembra resiliência;
Mãe me lembra saudade;
Mãe me lembra sensibilidade;
Mãe me lembra silêncio.
Mãe me lembra tempo;
Mãe me lembra solo, que lembra terra, que lembra raízes, que lembra alimento, que lembra colo, que lembra asas, que fazem voar...
Sim, filhos(as) são como o amor, como a saudade, como azeite e como os pássaros, podemos tentar contê-los, mas será em vão impedir de alçarem voo, será uma tentativa inválida, não adiantará colocá-los na gaiola, afinal quanto mais livres eles se sentem e mais liberdades damos a eles maiores serão as chances deles se tornarem adultos sadios, seguros e equilibrados, o que não significa ausência de uma rotina que norteia tal educação. Estou escrevendo um pouco do que li, ouvi e vivenciei com pais e especialmente com mães e mães solo.
Há um ditado judaico que diz: "Deus não pode estar em todos os lugares e por isso fez as mães".
Mãe é aquele ser feito de carne e osso que chora e que sangra, mãe é ser humano.
Para nós que somos filhos, ela é tipo a mulher maravilha ou ainda mais forte e poderosa.
A romancista norte americana Barbara Kingsolver disse que "A força da maternidade é maior que as leis da natureza. As mudanças que mais tememos podem conter nossa salvação. O poder está no equilíbrio: somos nossos danos, assim como nossos sucessos."
Certa vez li que o equilíbrio mora nos extremos, eu diria que o equilíbrio é revelado/conhecido após passarmos pelos extremos.
Eu não sou mulher, não sou mãe, mas já escutei de quase todas as mulheres que foram/são mães que suas vidas tem um antes e depois do nascimento de sua criança (filho/filha), que a chegada desse novo ser deu a elas um sentindo, um propósito que faltava, que foi/é uma oportunidade de reavaliarem muitas áreas de suas vidas.
Nesse contexto estão as mães solo. No Brasil são cerca de 10 milhões de mãe solo, expressão até pouquíssimo tempo desconhecida por este que vos fala/escreve, embora a conhecesse no dia a dia.
Graças a uma mãe que gentilmente me corrigiu, tive a curiosidade de pesquisar a respeito sobre a expressão "mãe solo" e o primeiro significado que me apareceu foi da marca de fraldas Huggies: "É a mulher que, sozinha, assume as responsabilidades financeiras e emocionais da maternidade, além de dedicar a ela grande parte do seu tempo. Se você é ou conhece alguma mãe solo, saiba que não é legal chamá-la de mãe solteira, afinal, maternidade não é um estado civil e sim uma condição."
Ainda sobre o ser mãe solo Thaiz Leão diz: "Maternidade não é sobre estado civil. Filhos nos tornam mães; companheiros, não!"
Para nós que somos filhos é natural que nossa maior referência na vida seja nossa mãe e/ou nosso pai.
Cada pessoa é um mundo, cada pessoa tem sua história.
Eu por exemplo quase nasci morto segundo relato da minha própria mãe, a genitora. E isso após uma agressão física sofrida da parte de meu pai biológico.
Aos cinco meses de vida, minha tia paterna, que é minha mãe de criação e a primeira mãe solo com quem tive contato, me encontrou na casa de um "amigo" dos meus pais e me criou até os 5 anos quando fui arrancado, tomado (expressões usadas pelo psiquiatra e pela psicanalista) literalmente de um lar onde onde fui acolhido ainda recém nascido.
Não tive o privilégio de ao nascer ser cuidado e conviver com minha genitora, e quando comecei a criar raízes com a mãe que me criara fui levado para um lugar distante e diferente.
Por alguma razão/propósito voltei 4 anos depois para o lugar de onde fui tirado, e minha tia/mãe com minhas primas/irmãs fizeram o melhor que puderam de acordo com o melhor que receberam e tinham condições de me oferecerem naquele momento da vida.
Embora eu só tenha conhecido agora o significado do que é ser uma mãe solo, eu posso dizer a respeito do que vivenciei, seja como filho ou como alguém que foi companheiro de uma mãe solo.
Para mim mãe solo é...
Mãe solo é a mamãezinha do amor. Sim, a mamãezinha do amor, e isso nunca se tratou de uma piada ou fazer pouco caso, foi justamente o que nunca tive, um mamãezinha que me acolhesse com amor. Mamãezinha do amor é para mim o ser que ama, ama porque escolheu amar, ama não porque é amada, mas é amada porque ama, e mesmo quando não é amada, ainda assim ela ama;
Mãe solo é aquela que levanta quantas vezes forem necessárias nas madrugadas seja para trocar a fralda, seja para limpar o xixi ou o cocô, seja para abraçar e acolher até que a criança pegue novamente no sono;
Mãe solo é aquela que não tendo rede de apoio se reinventa todos os dias;
Mãe solo é aquela que acha que não tendo mais paciência, respira fundo, administra as emoções e passa segurança para a criança que não sabe dizer o que está sentindo nos momentos difícies;
Não é porque um pai paga a pensão que está tudo resolvido, ele cumpre apenas uma parte legal do processo!
Não é porque os avôs/avós ficam uma tarde ou uma noite com a criança que essa mãe tem o apoio que precisa;
Não é porque os irmãos desta mãe solo fazem uma visita a essa mãe e sua criança que todos os problemas se foram;
Não é por ter um companheiro que brinque com essa criança e tente participar deste processo que essa mãe solo tenha uma rede de apoio.
Mãe solo é se segurar e não gritar com a criança na hora da birra, mesmo que a vontade seja outra;
Mãe solo é estabelecer limites sem desrespeitar a criança;
Mãe solo é dar à criança a opção de escolha na hora do café se prefere maçã ou banana, leitinho com nescau ou suco da tangerina;
Mãe solo é comunicar a criança que ela tem mais alguns minutos para brincar antes de tomar banho;
Mãe solo é brincar com a criança, enquanto dar banho nela;
Mãe solo é aquela que ensina, incentiva e apoia sua criança a escovar os dentes, a dar descargar após fazer xixi;
Mãe solo é colocar a mesa para criança se alimentar e ajudá-la nas refeições;
Mãe solo é aquela que quando a criança oferece ajuda ela a acolhe e aceita a ajuda, e ensina a criança;
Mãe solo é aquela que respeita as escolhas de sua criança que quer ir passear de sandálias ao invés de tênis ou sapatos;
Mãe solo é reduzir a marcha quando preciso para ir no ritmo da criança, e em outros casos acelerar o passo para acompanhar o crescimento de sua criança;
Mãe solo é cuidar da criança sem ajuda de esposo ou companheiro, sem ajuda dos avós, sem ajuda de babá, sem ajuda dos(as) irmãos/irmãs mais velhos(as), e ainda tem que varrer a casa, lavar a louça, preparar o café, pensar no que fará no almoço, lembrar que entre o café e o almoço tem o lanchinho. Colocar a roupa na máquina, e em alguns casos lavar a roupa suja a mão no tanque com a barra de sabão, colocar outras para secar, passar outras, e detalhe, em meio a tudo isso ir intercalando os afazeres diários/cotidianos com as mais diversas brincadeiras e brinquedos espalhados por todos os lugares possíveis em impossíveis da casa;
Mãe solo é ajudar à criança a juntar e guardar os brinquedos, mesmo quando há dura resistência por parte da criança;
Mãe solo é engolir o choro para ver sua criança sorrir, é ter leveza e empatia no falar quando ver as paredes da casa pintada ou as plantas arrancadas;
Mãe solo é se ajoelhar para ficar na altura da criança, falar em um tom de voz que a criança se sinta acolhida e respeitada, é segurar a onda mesmo no calor das emoções;
Mãe solo é um ser muito FODA e muito FOFA, as duas coisas, para mim esse FODA aí é a melhor percepção e sensação possível do que você entender o que é ser e o significado da palavra FODA!
Mãe solo é um ser sensível a sua criança, é aquela que o acolhe na alegria e na dor, que não se importa com ganhar ou perder, mas em cuidar de sua criança, saber se ela está bem é o mais importante;
Mãe solo abre mão de muitas coisas que são importantes para ela por amor a sua criança, suporta palavras inoportunas e injustas seja de seus companheiros, de seus/suas amigos(as) e muitas vezes até mesmo de seus/suas pais/mães;
Mãe solo é aquela que na maior parte do tempo ama e enche a criança de beijos e abraços, mas que as vezes também perde a paciência, é humana, e as vezes também grita, em raros momentos dá umas palmadas ainda que sem força, e poucos minutos depois está aos prantos querendo cortar as próprias mãos arrependida do que fez.
Das várias linhas/vertentes/tipos de educação possíveis há duas que eram mais fortes, mais latentes nas décadas de 80 e 90 do século passado, a primeira era aquela do "escreveu não leu o pau comeu", quase lei de Hamurabi do "olho por olho dente por dente".
O pai ou mãe dizia ao filho "o que tem para comer é isso, ou come, ou fica com fome", isso quando não ameaçava bater na criança caso ela não comesse ou ainda quando literalmente batia nela por ela se negar a comer.
Importante lembrar que muitas vezes tal pai ou mãe acordava o filho aos gritos do tipo "levanta vagabundo, tá na hora de tomar café e ir pra escola", isso é algo muito forte para se dizer a quem quer que seja, ainda mais se for uma criança e ela for seu filho!
A outra linha de educação mais comum era a "eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo, e todo mundo me quer bem", ou ainda "deixa a vida me levar, vida leva eu...".
Era aquela educação onde a criança não tinha rotina, acordava e tomava café quando queria, tomava banho uma vez só no dia e olhe lá, os dentes só escovavam uma vez a cada dois ou três dias, podiam comer o que quisessem até cerveja no copo do pai já bebiam, assistiam todo tipo de programa na tv, afinal os pais assim como alguns avós de hoje não tem muita paciência para dar a devida atenção as crianças e brincar com elas com as coisas realmente sadias que fazem parte da educação da criança, muitas vezes largam o celular na mão da criança com algum joguinho ou deixam elas assistirem todo e qualquer tipo de programa, não gritam com a criança, mas de forma dissimulada e com palavras inteligentes induzem a criança a uma relação de barganha, interesse e competitividade.
Mãe solo é aquela que sabe que temos predisposição para a agressividade, mas não temos predisposição para a violência;
Mãe solo é aquela que sabe que a criança pode colocar pra fora todo o medo, toda dor, toda angústia que está sentindo através do grito, do brinquedo jogado pra cima, do xilique, da birra;
Mãe solo não leva para o lado pessoal quando a criança diz para ela "você é feia, não vou mais brincar com você, você mentiu, não gosto de você!". A mãe solo sabe que por trás daquele comportamento há uma necessidade não atendida;
Mãe solo não é santa, mas é como se fosse;
Mãe solo é aquela que vai fé...
Quando tudo te faltar, que não te falte fé, vai fé mãe...
Mãe solo são as melhores pessoas do mundo, porque apesar de serem incríveis, elas são críveis, podemos conviver com algumas ou muitas delas, elas são humanas e estão mais perto de nós do que imaginamos;
Mãe solo também se estressa, também sente raiva, também se sente só, também se sente injustiçada, também se sente incompreendida, sente vontade de chorar e chora, mas muitas vezes chora sozinha quando a criança está dormindo, quando o companheiro está trabalhando ou também dormindo, quando o avô e a avó da criança não está presente (o que no caso da mãe solo é a maior parte do tempo);
Mãe solo é aquela que quando todos dormem ela ainda está acordada cuidando de si, de sua criança e as vezes até de outros;
Mãe solo é aquela que paga com cócegas e gargalhadas os gritos e tapas que levou de sua criança;
Mãe solo é aquela que quando a criança passa dos limites por mais chateada, com raiva e exausta que ela esteja, ela fará o possível para não descontar suas frustrações e traumas passados em seus filhos, e os protegerá com unhas e dentes se for preciso contra quem os fizer qualquer mal;
Mãe solo é aquela que brinca, mesmo exausta, que faz sobremesa mesmo cheia de dores, que se levanta para cuidar mesmo quando está doente, é aquela que pega a água, que prepara o pãozinho com algum recheio, que ajuda a guardar os brinquedos e que as vezes joga até vídeo game com a criança (mesmo sem gostar);
Mãe solo é mãe que ou passou pelo extremos, ou viu alguém passar, e buscou se informar para não repetir os padrões/modelos passados que são ultrapassados;
Mãe solo sabe perdoar os próprios pais, acolher a sua criança interior se tornando um adulto maduro para criar rotinas e dar opções ao(s) seu(s)/sua(s) filho(s)/filha(s) na hora das refeições, fazendo uma previsão dos horários para o término das brincadeiras, para hora de tomar banho e ir dormir;
Mãe solo é aquela que sabe que pedido não é exigência, que competição é substituída por compaixão, que é possível que sua criança expresse agressividade sem ser violenta;
Mãe solo não estraga, mãe solo não mima, mãe solo cuida, mãe solo acolhe, mãe ama;
Se alguém estraga é o companheiro que não se dispõe a ouvir essa mãe solo, que não se esforça para enxergar e tentar compreender a realidade dela, se alguém estraga é o avô e a avó que dão pitaco e os poucos momentos que tem com a criança além de não darem a devida atenção estabelecem com ela uma relação de barganha sutil e dissimulada quase imperceptível que trás diversos prejuízos na relação da mãe solo com a criança, afinal de contas fomos netos e casa de vô e vó é bom demais quando se é neto, mas quando se é filho(a) ou pai/mãe (solo) é bem diferente.
Eu que nunca fui pai errei!
Errei ao tentar dizer algo a respeito do que não sabia!
Errei pois não tinha propriedade e conhecimento sobre o assunto.
Nesse processo fui injusto!
Fui injusto de algum modo com minha mãe genitora, afinal nunca havia ouvido a versão dela.
Fui injusto de algum modo com minha mãe solo (titia), afinal ela me deu além das suas condições e possibilidades!
E fui injusto e errei com a mãe solo que me foi companheira não tive a capacidade de acolher ela na sua exaustão.
Sim eu errei!
E me arrependi profundamente por cada um deles (dos erros cometidos)!
Tive a audácia de falar algo que nunca serei, mãe!
Posso até ser pai um dia, inclusive senti o prazer único, a sensação do que é amar, se afeiçoar e se apegar a uma criança, tive uma breve, muito breve experiência do que é ser pai, e diante do que recebi fiz e dei o melhor que podia.
Aquela criança me mostrou que é possível acolher a minha criança interior, me acolher, me amar, me respeitar, e assim transbordar esse amor que nos invande.
William Shakespeare disse que "o amor é como uma criança, deseja tudo que vê."
Tenho consciência dos meus erros.
Sou responsável por eles.
Com a ajuda da psiquiatria, da psicanálise, dos medicamentos, de um núcleo mais firme de familiares e amigos, leituras e podcast como a Tenda Materna, Tricô de Pais entre outros passei a identificar e organizar pontos até então desconhecidos para poder gerir melhor cada um deles.
Isso mesmo, quando entendemos que não temos controle sobre o que quer que seja, nem mesmo sobre nós, mas que podemos compreender, entender, acolher o que observamos, o que passamos, o que sentimos, aos poucos vamos identificando quais são nossas necessidades para cada situação e quais os pedidos que podemos e devemos fazer em cada uma delas.
Lembrando que pedido não é exigência, quando o outro diz não para um pedido que o fiz ele está dizendo sim para uma necessidade dele, então é essencial que eu expresse com honestidade meu pedido e receba com empatia a resposta do outro, seja um não ou um sim!
Por isso venho cuidando de mim desde então.
Primeiro porque só posso mudar a mim.
Através da observação, me questionando sobre o que aconteceu ou acontece.
A CNV Comunicação Não Violenta tem papel nisso, cheguei a ela graças a uma mãe que felizmente tem um companheiro que pode cuidar da filha durante todo o tempo que essa mãe está trabalhando, e esse pai cumpre as outras funções como dar banho, alimentar, trocar as fraldas, colocar para dormir, é raro, não é um pai omisso, nem ausente. Ele também não é um super herói e não é melhor que a mãe por isso, mas não é um pai relapso, descuidado, ausente. É um pai presente!
Pelo meu próprio bem, tenho buscado observar as situações que me tiram a serenidade, questionar o que aconteceu.
Estou me permitindo sentir e identificar minhas necessidades quando as coisas ocorrem.
Para poder me expressar honestamente sem ferir quem quer que seja e ouvir/receber com empatia, fazendo pedidos e não exigências, explicando sem a necessidade de se justificar, me compadecendo ao invés de competir.
Para ser a cada dia a minha melhor versão possível.
E se isso está acontecendo eu sou profunda e imensamente grato pela vida desta mãe solo e de sua criança. Através deles eu vi, ouvi, senti, vivenciei o amor...
E sim é bom lembrar aos leitores que essa a apenas a minha limitada percepção do que é uma mãe solo a partir da minha vivência como filho gerado, filho "adotado" e de quem já foi companheiro de uma mãe solo, afinal mãe solo é muito mais que tudo isso que falei até aqui, nem todos os livros do mundo seriam capazes de conter todas as características, qualidades e virtudes de uma mãe solo.
Mãe solo é a melhor mãe do mundo, mãe solo é a melhor pessoa do mundo...
Mãe (solo) é fácil de entender; difícil de explicar; Te amo...
João Vicente Ferreira Neto
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