O rico saca, o pobre saqueia e o político sacaneia!
O título é uma frase pichada em muro de uma casa próximo ao Planalto Central em Brasília.
O que acontece desde os tempos remotos em nosso país quanto a abrangência do universo político não é apenas lamentável, mas reprovável e já passou da hora de um grande movimento subversivo a fim de causar modificações a este gueto perverso e explorador.
Não acredito em linhas teóricas da política, muitos menos em algum sistema de governo, seja capitalista, socialista, cristão, liberal, conservador ou outro qualquer, todos eles compreendem em si características positivas e negativas, e da teoria a prática há muita hipocrisia e jogo de interesse, é necessário realizar, fazer, e deixar o discurso ao lado, e não a frente ou atrás da desembocadura da realização.
Como já disse outras vezes volto a afirma e reafirmar que a série e o filme "O Bem Amado" é a melhor ilustração da política nacional, e dos dois maiores sistemas governamentais existentes no país.
Recorrendo aos dois grandes "teóricos" e práticos da literatura e do universo político, ou seja, Niccolo Macchiavelli e Oscar Fingal O'Flahertie Wills Wilde, nas obras: "O Príncipe" e "A Alma do Homem", respectivamente vamos adquirindo aquele certeza melancólica da triste realidade que assola desde outrora o nosso Brasil.
Antes das citações uma pequena passagem por uma palavrinha muito discutida na Rio +20, a sustentabilidade. Termo este tão citado pela ex-senadora Marina Silva em sua campanha rumo a presidência nacional, mas tão ignorada por tantos naquele momento e agora pouco menos de 2 anos depois, o tema que já era universal agora toma uma proporção jamais vista. A grande questão é saber até onde vai a real e verdadeira preocupação por parte das lideranças mundiais, se é que há realidade e verdade alguma em tudo isso, ou se o que há é a preocupação em como produzir mais gastando menos e ao mesmo tempo retendo ainda mais dinheiro e passando uma impressão a sociedade universal de que há um comprometimento por parte das lideranças em salvar o planeta, deixando-o mais sustentável.
Voltando aos dois autores citados, começaremos com Maquiável: "Quem quiser fazer profissão de bondade não pode evitar sua ruína entre tantos que são maus" [...] "Quem se torna senhor de uma cidade habituada a ser livre, e não a destrói, pode estar certo que por ela será destruído"
O que vemos aqui não é que Maquiável era mau, ele apenas descrevia os processos políticos que aconteciam em sua época. Com um olhar preciso de alcance letal Niccolo enxergou o que raros conseguiram, e que embora seja duramente criticado, tal obra "O Príncipe" é tido como um modelo imoral de praticar o poder, mas que tem sido seguido à risca por quase a totalidade dos políticos que o criticam, como disse alguém: "O Príncipe é o livro de cabeceira, é a bíblia e o manual de vida e prática de quem almeja ser um grande e poderoso líder político".
Por se tratar de política e consequentemente de governo, e o atual ser de cunho "social ou socialista", seja no estado da Paraíba ou em todo o cenário nacional quando se retrata a presidência da república, citarei agora Oscar Wilde em "A Alma do Homem": "Fica claro, então, que nenhum Socialismo Autoritário servirá. Pois enquanto no sistema atual muitos podem levar a vida com certo grau de liberdade, direito de expressão e felicidade, num sistema de aquartelamento industrial, ou num sistema de tirania industrial, absolutamente ninguém poderá desfrutar de uma liberdade dessa natureza. É lamentável que parte da nossa comunidade social viva praticamente escravizada, mas é ingenuidade propor-se resolver o problema submetendo toda a comunidade à escravidão. Todo homem tem o direito de ser inteiramente livre para escolher seu próprio trabalho. Não deve sofrer nenhuma forma de coação. Se alguma houver, seu trabalho não será bom para ele, nem em si mesmo, nem para os outros. E por trabalho entendo simplesmente atividade de qualquer espécie".
O primeiro texto de autoria de Niccolo é datado provavelmente, entre julho e dezembro de 1513, e a obra subsequente escrita por Wilde é datada de 1895, atentando com carinho ambas são por demais atuais. Não por acaso tais autores são veementemente citados nas universidades, congressos, bancadas, rodas de discussão e tantos outros ambientes. O mais lamentável não é o julgamento, pois neste caso não o há. O que existe são as constatações de fatos. No Brasil o "país do futuro", não há esquerda, nem direita, o que há é um país sem rumo que vai "crescendo" desordenadamente sem saber ao certo para onde. Ver um grupo de cinco a seis figuras e todas elas ligadas ao poder público como detentoras de quase 90% de uma instituição como a Petrobras e aceitar tudo passivamente é de dar um nó na garganta e perder a alegria de viver.
As universidades em greve, a educação brasileira literalmente parada e uma única notícia não é vinculada em qualquer órgão de impressa. Os bancos que nos últimos cinco anos entraram em greve sempre no mês de outubro também não se viu qualquer reportagem, os políticos que pouco tempo após as eleições e a assumirem o poder, assumirem os cargos se reúnem para votar antes de tudo os seus aumentos salariais que chegam aos absurdos números que variam dos 40% aos 68%, além de vários outros benefícios ou vantagens, ou melhor, a sacanagem.
Poderia escrever mais, mas por hora ficarei com trechos das canções de dois nordestinos, o Zeca e o Vandré que dizem: "O presente não devolve o troco do passado, sofrimento não é amargura, tristeza não é pecado, lugar de ser feliz não é supermercado". Acorda Brasil, despertar gigante nação, a hora já passou, mas "quem sabe faz a hora, não espera acontecer".
Não deixem de acessar e ler a obra: "O Chefe": Nos dois governos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva diversos casos de corrupção sacudiram o País. O mais grave ficou conhecido como escândalo do mensalão. Dirigentes do PT foram denunciados por montar uma organização criminosa. Lula tratou de abafar investigações e proteger correligionários e aliados ~ http://www.escandalodomensalao.com.br/ ~ http://www.escandalodomensalao.com.br/indice.php
João Vicente Ferreira Neto
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