Ontem se foi, o hoje é sim, e o amanhã deixa para amanhã...



Uma das maiores contribuições as doenças psicossomáticas, as fobias sociais, as alienações, e demais patologias sociais reside no fim da unidade. 

É esta crise de sagrado & profano, religioso & mundano, espiritual & material...

Ficar preso ao passado e ansioso pelo futuro, esta necessidade dependente de algum lugar e da palavra de alguém para nos guiar, não aprendendo a pensar por si só, e nunca se tornando responsável por suas escolhas e decisões, eternamente preferindo beber leite a comer feijão, e existir ao invés de viver, e "vivendo" vai na comodidade da fala alheia...

Viver numa redoma ou numa caverna onde todos concordam comigo, onde eu concordo com todos, e ainda sempre tem um guru, um sacerdote, um vidente, uma visão, ou algo que manipule, que me tire de mim mesmo a fim de me levar a descobrir quem eu sou, ou quem sou eu, ou ainda algo seja deste mundo ou do além para falar coisas que momentaneamente me faz bem, mas que na verdade, assim como um dependente químico, me faz ficar viciado, refém, amputado, alienado, chamado de realidade fantasia, e fantasia de realidade, deixando de viver a vida no seu dia a dia por estar aprisionado (ainda que se chame isso de liberdade), a momentos e circunstancias ou que se passaram, ou que ainda virão, mas que não sabemos se acontecerão e como se dará...

Uma vida me é suficiente, a beleza de viver reside em saber que esta é uma experiência única...

"A vida é curta demais para ser pequena" ~ Benjamin Disraeli

Viver varias vezes que não seja nesta aqui e ressurgir quantas vezes forem necessárias como a fênix mitológica, nada além disso me satisfaz, nada além disso me preenche, inferno é viver para sempre, é não ter a experiencia do encontro de Amor, inferno é a falta de paz, é encontrar-se na roda da fortuna, voltando sempre ao mesmo lugar, tendo de fazer penitências, orações, holocaustos ou boas ações para amenizar minhas mazelas ou aperfeiçoar o meu ser...

Só quando nos deparamos com a Graça que de Graça nos foi Agraciada e que entenderemos que tudo foi consumado e que não precisamos levar este fardo pesado de culpas e cobranças que nos aprisionam em um ciclo doentio, vicioso e escravizador...

Há esperança e o Amor se revelou a nós para nos dar a paz e ser a nossa paz, e ser paz em nós, e nos dar vida e vida em abundância. 

Você, eu e mais ninguém, precisamos levar os fardos pesados, pois o Amor nos libertou...

Ontem se foi, o hoje é sim, e o amanhã deixa para amanhã...


João Vicente Ferreira Neto

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