Um novo partido vem à luz...



Um novo partido vem à luz

Depois de dois anos de reflexão e debate, o Movimento pela Nova Política amadureceu. E, na noite de ontem, cerca de 350 “sonháticos” (apelido que os membros do Movimento ganharam em suas primeiras articulações) chegaram de vários cantos do país, lotaram a Sala Crisantempo, na Vila Madalena, em São Paulo, e ratificaram a direção do próximo passo: sim, será criado um novo partido político!

Importante esclarecer: o partido que nasce é um instrumento político que, em vez de confinar o Movimento, amplia seus horizontes. Portanto, é apenas uma de suas partes, como o conceito de "partido" sugere. A Nova Política é maior, diversa e se manifesta em rede por outros setores da sociedade e, inclusive, em outras legendas. Nas últimas eleições, por exemplo, diversos candidatos pelo Brasil, independentemente de sua filiação, foram apoiados pelo Movimento e em alguns casos também por Marina Silva. 

Minha candidatura é exemplo disso, já que foi viabilizada pelo Partido Popular Socialista (PPS) e respaldada pela Nova Política. Para que ela se fortaleça com base na pluralidade, espera-se que os partidos se aproximem dessa nova plataforma, convergindo em direção à sustentabilidade e à ética na política. 

Uma gestação saudável

Teríamos cometido um erro terrível se rumássemos diretamente a um novo partido em 2011, pois precisávamos gestar esse projeto, que nascerá agora para escrever uma nova história da política brasileira.

Devemos a consolidação desse processo à sabedoria feminina. Em um Movimento que conseguiu se cumprir horizontal, diverso e de participações equilibradas, as mulheres defenderam que fôssemos “com calma”. Afinal, elas entendem de gestação. 

A Nova Política dará à luz um novo partido, nesse mesmo tempo fértil em que o sábio Eduardo Galeano enxerga “o mundo grávido de outro mundo”.

Por Ricardo Young

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