Dinheiro no bolso, na conta ou realização pessoal?
"Seria uma grande oportunidade profissional, mas estar no lugar que
você ama não tem preço".
Dinheiro no bolso, na conta ou realização pessoal?
Quando as duas coisas acontecem ao mesmo tempo é ótimo, sem dúvida
alguma, e não há mal algum nisso, nem se deve ficar com aquele pensamento do
tipo: "Esta bom demais para ser verdade, ou para acreditar", mas o
fato é que, nem todo caso há esta harmonia entre o dinheiro no bolso/conta e a
realização pessoal.
E então, qual caminho escolher? Que rumo tomar?
Às vezes estamos com os bolsos e a conta cheia, mas sem alegria, sem
satisfação, o cara é advogado durante o dia, e a noite treina um time de
volley, o cara é médico durante a semana, mas é gente que adora cuidar de gente
em ONGS, favelas, periferias, nos sertões do Brasil aos fins de semana, o cara
é pós-doutor em literatura brasileira, francesa, grega, alemã, inglesa, ensina
em várias universidades de renome ao redor do mundo, mas seu maior prazer é a
chegada das férias onde poderá se sentar em uma roda de amigos no interior e
contar as mesmas histórias que conta no seu ambiente de trabalho, mas sem as
gaiolas das exigências acadêmicas.
Penso que se não tenho como unir o útil (dinheiro) ao agradável
(realização pessoal), o melhor caminho ainda será aquela nos deixa em paz,
aquele o qual ao fim do dia poderemos repousar nossa cabeça ao travesseiro ou
até mesmo ao chão, mas poderemos descansar em paz.
Definitivamente, dinheiro é muito
bom, mas não é tudo, e não compra todas as pessoas.
Qual é a nossa realização?
Estamos felizes e realizados com o que fazemos?
Conseguimos chegar naquilo que chamamos de “o suficiente para vivermos
felizes e em paz”?
"Duas coisas te pedi;não mas negues, antes que morra: Afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção de costume; Para que, porventura, estando farto não te negue, e
venha a dizer: Quem é o SENHOR? ou que, empobrecendo, não venha a furtar, e
tome o nome de Deus em vão. [...]
A sanguessuga tem duas filhas: Dá e Dá. Estas três coisas nunca se
fartam; e com a quarta, nunca dizem: Basta! A sepultura; a madre
estéril; a terra que não se farta de água; e o fogo; nunca dizem: Basta!”
João Vicente Ferreira Neto
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