O INESQUECÍVEL ADONIRAN


O INESQUECÍVEL ADONIRAN

Antonio Roque Citadini

12/03/2004

Em 1910, ano da fundação do Corinthians, nasceu em São Paulo o cidadão João Rubinato, filho de imigrante pobre que se imortalizaria com o nome artístico Adoniran Barbosa. Ator, cantor e sobretudo compositor, merece figurar entre os gênios da música popular brasileira. Em comum com a história do Corinthians não tem apenas o ano do nascimento.

Corinthiano cem por cento era dedicado propagandista voluntário do clube. Nessa condição desempenhou o papel do negro Charutinho, simpático malandro do Morro do Piolho, no programa semanal de grande sucesso da Radio Record na década de 50, “Historias das Malocas”. Sem nenhuma dúvida Charutinho foi responsável pela difusão da imagem do Corinthians entre os pobres, moradores da periferia e que concorrem com o clube em matéria de combatividade no seu dia a dia. A biografia de Adoniran, de Celso de Campos Junior, publicada recentemente pela Editora Globo, narra com fidelidade e emoção sua história de amor à cidade, a seu povo e ao Corinthians.

Adoniran Barbosa começou a trabalhar cedo, nos mais variados empregos até chegar ao radio, cinema e televisão. Mas foi como compositor que seu gênio encontrou a forma mais adequada de expressão. Saudosa Maloca, Tiro ao Álvaro, Samba do Arnesto, Iracema, Bom Dia Tristeza. Em 1965, quando ainda se dizia no Rio que São Paulo era o túmulo do samba, Trem das Onze ganhou o concurso do Carnaval carioca.

O clube sente grande orgulho pelo seu torcedor tão especial e lhe é grato pelo que fez em toda sua vida na música, no rádio, na televisão, sempre carregando as cores alvinegras.

Corinthians e Adoniran Barbosa nasceram juntos e são os mais puros frutos paulistanos.

A alma de São Paulo é mosqueteira e seu som é como as inconfundíveis canções de Adoniran, o nosso Charutinho.

Antonio Roque Citadini

Vice-Presidente do S.C. Corinthians Paulista

Fonte: http://www.citadini.com.br/alambrado/alambrado040312.htm

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