A menina que roubava livros...
A menina que roubava livros
Há situações que passamos na infância que ao chegarmos na fase adulta ela apontará se escolhemos viver ou existir.
30 segundos de uma guerra é uma eternidade para quem lá esta, e estas ou amolecem os corações duros ou os petrificam de uma vez.
Perdemos tanto tempo com discussões tolas que não nos levarão a lugar algum, e ainda nos rouba o privilégio de viver.
No filme "a cidade dos anjos", o desejo do anjo era ser, ser humano.
Neste, o autor foi brilhante ao provocar na própria morte o desejo de viver, o desejo de ser, ser humana.
E nós humanos ainda perdemos tempo, deixando de viver por causa da cor, raça, sexualidade, condição social, cultural, financeira e por aí vai, quando o ser, ser humano, já nos é suficiente.
É brilhante a ideia do autor de que "as palavras nos diferencia dos demais seres"...
Enxergar o mundo ao invés de apenas vê-lo, enxergar não com os olhos, mas com a imaginação, com a alma...
A cena onde Max trancafiado consegue ver os brilhos dos raios do sol por meio do olhar de Liesel me fez lembrar uma cena do filme o pianista onde ele se assenta para tocar, fecha os olhos, passa as mãos e os dedos um palmo acima das notas, e se põe a ouvir a música tocada por sua imaginação.
"O essencial é invisível aos olhos, só se vê bem com o coração".
Uma crítica, um desprezo, uma rejeição, as vezes é o que nos falta para ousarmos e sairmos da letargia, os gritos de "burra", salvaram aquela menina.
O filme é sensível, tocante, comovente e apaixonante!
Pai não é o que coloca no mundo, mas o que dá amor;
Mãe não é a que gera, mas aquela que cuida, e mesmo sendo dura tem um coração cheio de amor.
A maior angústia da vida não é perder um ente querido, nem mesmo viver só, por um longo tempo.
A maior angústia da vida é passar pela vida sem ter a certeza de que viveu, de que amou, de que se é ser humano, frágil, falho, mas cheio de amor e vida.
"A vida é curta demais para ser pequena".
Inferno é existir para sempre.
"Nada é para sempre" (descreveu a morte), de fato, nem mesmo a morte!
A linha que separa a existência da vida é tênue, como discerni-lá?
Vivendo...
João Vicente Ferreira Neto
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