A amizade em Rute
A amizade em Rute
O livro de Rute embora pequeno trata-se de um escrito apreciável. Dos livros bíblicos é um dos dois o qual a “personagem principal” é uma mulher (não nos esqueçamos da tipificação de Cristo em Boaz). Rute era uma jovem moabita nora de uma judia, a saber, Noemi. Com o passar dos anos, ambas ficaram viúvas, assim sua sogra resolveu voltar para Belém, e é neste ínterim que descobrimos o quão importante e significativo é a presença e o existir humano. Pois é neste momento de inquietação, dúvidas, inseguranças, ruir de certezas, tempo de perdas profundas e dolorosas que Noemi passa a persuadir Rute a não segui-la. Todavia Rute que era uma “gentia” (confesso com sinceridade se é que há isto em nós, que não sei de fato que é gentia aqui), de maneira acurada e amorosa nos ensina três coisas básicas, essenciais para o dia a dia, são elas: 01. Amor filial; 02. Firmeza de ânimo (constância); 03. Vida piedosa. A providência de Deus é outro fator a ser levado em conta, uma vez que Rute viria a se casar com Boaz, homem pertencente à tribo de Judá, sendo o bisavô do rei Davi, tendo seu nome da genealogia de Jesus, e que é com já dissemos a tipificação de Cristo dentro do livro.
Rute que quer dizer amizade nos dá inúmeros exemplos de como ser um paradigma no meio em que vivemos, de como podemos marcar significativamente as gerações futuras. Ela foi uma esposa fiel, uma nora amorosa, uma serva zelosa, uma mulher trabalhadora, de caráter nobre. Aprendemos a respeito das bênçãos que uma mulher “gentia” recebeu quando passou a pertencer ao “povo” de Deus (Israel) e que sua inclusão na genealogia de Jesus Cristo nos revela que Deus é Senhor de todos os povos e que a salvação é estendida a todos aqueles que crêem no Filho de Deus, a saber: Jesus Cristo.
Esta moça era uma “gentia” (não povo) em terra estrangeira. Teve sua vida protegida por um homem que estava preparado para o que pudesse vir acontecer. Boaz se dispôs a pagar o preço pela vida e pelo bem estar de Rute, ele foi o resgatador comprando todos os pertences do falecido de Noemi. Também pagou pelo direito de casar-se com Rute e de cuidar dela. Boaz não tinha obrigação alguma de fazer estas coisas, mas de maneira voluntária e espontânea, alguém que tinha o ser pacificado, bem resolvido em Deus e conseqüentemente com ele mesmo se propôs em dar-se inteira e totalmente pelas pessoas e pela situação que as envolvia. No início do artigo coloquei sobre o livro de Rute: “personagem principal” entre aspas para apontar uma faceta de duas nuances: Rute como símbolo de todos nós e Boaz como tipificação de Jesus Cristo que voluntariamente, a partir de Si próprio se entregou, foi humilhado, traído, depravado, execrado, espancado, e crucificado para nos comprar a vida eterna. Com a Sua própria vida Jesus Cristo pagou todas as nossas dívidas.
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