A relação entre Virtu e Razão de Estado em Maquiavel
A relação entre Virtu e Razão de Estado em Maquiavel
Virtu que não corresponde à virtude (conforme entendido e difundido pro Platão e Aristóteles), ou seja, não está ligada à moral e à esfera privada e/ou particular, e sim à (viril, varão, virilidade, força) esfera pública.
Uma questão interessante sobre o ludibriar. Pois para Platão, Aristóteles e os “bons” filósofos ludibriar era algo degenerativo. Para Maquiavel não!
Exemplo: A verdade não pode ser dita em todo momento, um “mau” pode ser “bom” e gerar um “bem” desde que a finalidade seja em prol do estado. Neste caso entra a razão (“segredo” – nem sempre, e sim às vezes – nem toda ação movida pela razão de estado refere-se a segredo de estado) de estado.
Um político não pode pensar e agir como um indivíduo, mas como um governante do estado. O governante deveria agir por ordem de força maior, neste caso em razão e a favor do estado, se o ludibriar tivesse como pano de fundo, fundamento o estado.
O grande governante não era aquele que conquistava e/ou chegava ao poder, mas aquele que chegava e se mantinha no poder.
Ele precisava ser amado para ser respeitado e temido para ser honrado.
Deveria sempre fazer o bem aos poucos, mas o mal de uma só vez.
Virtu em Maquiavel não tem haver com moral “ética”, e sim com o chegar e manter-se no poder, sempre visando à esfera pública, “O governo”, o estado e nunca a esfera privada, particular.
O governante de virtu deveria estar preparado para os bons e maus momentos que as circunstâncias (“história (cas)”) poderia (m) acometê-lo.
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