Duas Coisas Antagônicas...




"Quem se define, se limita. Por dentro, uma personalidade minha e por fora um conceito seu"

"O ponto de uma vista não é a vista de um ponto"

Gosto de ambas. Elas expressam algo mui significativo.

Você posta uma imagem, não faz qualquer comentário, mas alguém ou algumas pessoas não enxergam a imagem e ao tecer uma crítica a fazem não ao elemento em questão, mas levam à pessoalidade. 

Da mesma maneira que você posta uma foto, faz um comentário ou uma citação, sobre (subentendesse) a situação ocorrida, ao grupo ali envolvido, e aí sim faz toda a sua argumentação ou explanação a respeito das pessoas envolvidas no (s) ocorrido (s), mas alguém ou algumas pessoas não enxergam a imagem e consequentemente não associam as considerações feitas sobre aquela situação específica, como montante de outras (óbvio), daí você faz uso de termos de maneira conotativa, alguém ou algumas pessoas interpretam de modo denotativo, e daí a confusão é feita...

Por mais que você use os mecanismos da gramática e todos os demais recursos da língua portuguesa de maneira que faça o leitor compreender, na grande maioria das vezes haverá compreensões distintas. 

Interpretação é única. 

Neste caso a língua é como matemática, interpretação é única, jogasse a fórmula e o resultado é um só, agora a variação e dinâmica de compreensão, absorção é múltipla e universal.

Mas você pode correr o risco de ser chamado de machista, ou feminista, de preconceituoso (a), ou tendencioso (a), ou manipulável, ou ainda de ter copiado o editorial de alguma revista ou jornal, ou ainda de ser influenciado pela mídia, especialmente a de massa (até hoje tento descobrir alguém que não leia jornal, revista, assista TV, não acesse a internet, não tenha qualquer tipo de contato com a mídia seja por celular, tablet, computador, rádio ou algum outro tipo de eletrodomésticos, tecnologia ou coisa similar - que venha criticar - os que estão neste seleto grupo vivem indiferentes a chamada sociedade de consumo, absortos a este tipo de realidade, pois tinta e papel, coisas antigas, são meios de comunicação, informação!).

E daí ficar no Ctrl C Ctrl V, todos nós ficamos o tempo todo em alguma esfera da vida.

Não nos damos conta e não admitimos, mas ficamos.

Se defendo tal ponto de vista terei uma pilha de informações favoráveis e farei o possível e o impossível para desconstruir, esconder e negar o que não for favorável e agradável de se ouvir, e vice-versa o que tem ponto de vista contrário.

O fato é que quase tudo, por não se dizer tudo na vida tem seus b-ônus, lado bom e lado mal, e isso aqui não tem haver com maniqueísmo, não falo sobre as profundidades filosóficas, mas sobre a simplicidade da vida.

É difícil admitir para si mesmo quando se esta errado, ou quando se foi além, mas não deveria.

O que tenho sabido, o que tenho aprendido que a pior forma de crescer na vida é puxando o tapete do outro. 

É desqualificando o próximo, é não discutindo, por entender que discutir é algo agressivo, quando na verdade é fruto do senso comum, faz parte do estômago e âmago do ser, são as idiossincrasias da consciência e da alma, os elementos próprios do ser, quando no seu significado, sentido e propósito etimológico e antropológico a expressão discutir vem de debater, pensar, expor a razão, mas quando criticamos um comportamento que é mera constatação de fatos construídos sobre relevantes argumentos incorremos no risco de sermos muito, mas muito mal compreendidos, ainda que sejamos bem interpretados.

Julgamento é uma coisa, constatação de fatos embasados com sólidos e sustentáveis argumentos são duas coisas antagônicas, não caminham juntas, não prosseguem na mesma direção.

Deixar de discutir, debater e pensar ideias para atacar o ser o diz muito sobre que assim procede.
Quando não se tem argumento para debater e crescer com o outro, o que se faz é tentar a expropriação do próximo através das desqualificação do mesmo, e a mesma falácia utilizada para condenar é também mecanismo para se autopromover.

Como bem disse Voltaire: "Posso não concorda com uma só palavra que tu dizes, mas defenderei até a morte o teu direito de dizer"

Este texto é uma verdade sobre mim, sobre você, sobre nós...
A não admissão é a confirmação do que foi escrito, e a aceitação também...


João Vicente Ferreira Neto

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